O Poeta

Bêbedo, o poeta seguia pelas ruas da cidade baixa, a dizer seus versos inspirados e cheios de amargura. Perdeu-se misteriosamente nas vielas do porto. Dizem que chorava a ausência da amada, uma sereia morena, vinda de Belém do Pará. Os amigos,que a cobiçavam, chamavam-na de Yemanjá.

As buscas para encontrá-lo, cessaram. Os amigos para matar saudades, instalaram na beira da praia, um busto de pedra em sua homenagem.

Hoje, quando o mar está bravo,ouvem poemas vindos do mar.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 28/06/2010
Código do texto: T2347047
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