A FÉ E O ATLETA.

Havia em certa metrópole, cidade grande com todas as possibilidades disponíveis para atender qualquer necessidade, um jovem filho de classe média alta que vivia confortavelmente em uma daquelas casas que se costuma ver em certos filmes e novelas.

Com grande zelo e cuidados a sua formação estava sendo preparada em escolas particulares com excelentes estruturas e bons professores.

O Jovem da nossa história não tinha nenhum tipo de preocupação, pois todos os seus desejos eram prontamente atendidos, e sua família pai mãe e dois irmãos, viviam em completa harmonia através do conforto material e disponibilidade financeira, que eram atendidos pela boa posição e condição profissional e também social de seus pais.

Apesar de todas as facilidades do dia a dia, o jovem carregava secretamente consigo em sua mente algumas questões sem respostas.

Certa ocasião em uma dessas situações consideradas inesperadas, o jovem caminhando de volta para sua casa após o término do curso de inglês que freqüentava duas vezes por semana, foi interpelado por um velho que costumeiramente naquele mesmo horário, encontrava-se sentado em um dos bancos da praça que ficava entre a escola e sua residência.

Apelando para a atenção e educação do jovem indagou o velho sem nenhuma cerimônia:

- Jovem... Um atleta precisa de fé para alcançar os seus objetivos?

O jovem que tinha por instrução não permitir abordagem por desconhecidos, passou sem dar qualquer demonstração de atenção ao velho. Entretanto a pergunta do velho despertou no jovem a curiosidade e o desejo de entender a questão aparentemente inoportuna.

Os dias foram passando e no trajeto entre a escola e a casa do jovem, onde se encontrava praça, o velho permanecia no mesmo horário sentado no mesmo banco com aquele mesmo jeito simples e confiável, contudo não mais importunou o jovem com qualquer pergunta.

A curiosidade do jovem pela resposta do velho a cada dia aumentava, aquela questão estava ligada quase que diretamente às suas antigas e secretas questões e também aos seus propósitos profissionais, pois se preparava para ingressar em uma universidade que exigiria uma boa condição atlética, entretanto a prudência em não conversar com desconhecidos o forçava manter-se discreto e seguro.

Com o passar dos dias o jovem já acostumado com a presença do velho em seu caminho, surpreendeu-se por não encontrá-lo como de costume pensativo e solitário no banco da praça, aquela ausência inexplicavelmente o incomodou, e o desaparecimento do velho continuou no decorrer daqueles dias, o sumiço do velho sem um motivo aparente entristeceu o jovem.

O que teria acontecido com o bom velhinho?

O habito de vê-lo sempre sentado no mesmo banco fazia parte da rotina do seu trajeto e com isso era agradável sentir o tal acompanhá-lo com aquele olhar sereno e amigo, sem considerar que aquele quadro já fazia parte do cenário do seu habitual caminho, e o mais incrível, a cada dia que se passava uma sensação o tomava, o velho deixava de ser um simples desconhecido.

Os dias se passaram e uma saudosa lembrança e grande tristeza tomou o coração do jovem.

Certo dia o jovem caminhando de volta para sua casa, triste por não mais ver o velho em seu caminho e por não ter conseguido a resposta para o enigma de sua indagação que tanto o inquietava, decidiu esquecer o seu propósito e continuar a sua monótona, porém confortável vida, entretanto ao avançar em mais algumas pequenas passadas avistou de longe do outro lado da praça o banco do bom velhinho ocupado...

Seria o velho? Os seus passos tornaram-se mais ligeiros e o desejo de rever o saudoso e desconhecido amigo quase permitiu esquecer a prudência em não manter contato com pessoas estranhas.

A alegria retornou ao coração do jovem, ali estava o bom velhinho de volta ao banco que por dias encontrou-se tristemente vazio, entretanto o medo ainda era o fator fundamental que atrapalhava a oportunidade de sentar e conversar com seu desconhecido amigo para buscar e conhecer a resposta à antiga e perturbadora pergunta: - Um atleta precisa de fé para alcançar os seus objetivos?

Ao se aproximar do velho seus passos tornaram-se pesados e rumaram decididos a caminho de sua casa, e mais uma vez a insegurança foi mais forte do que o seu desejo.

A noite daquele dia tornou-se uma eternidade, o jovem tentava de todas as maneiras criar uma estratégia convincente que possibilita-se a abordagem para uma possível conversa com o velho, mas o cansaço com o passar das horas se apresentou e sem encontrar a solução adormeceu.

Na manhã seguinte distraidamente retornando do curso de inglês e envolvido com os seus envolventes pensamentos e sem esperanças de conseguir o seu grande objetivo, a tão esperada conversa franca com o bom velhinho, entre uma passada e outra subitamente escutou uma voz fraca e roca:

- Jovem!

Surpreso o jovem esquecendo-se de todas as recomendações respondeu;

- Sim!

- Poderíamos conversar por alguns minutos? – disse o velho.

Novamente sem se preocupar com as possíveis conseqüências, o jovem respondeu com um novo sim.

E finalmente velho e jovem sentam-se no mesmo banco lado a lado.

Os olhos do jovem brilham de felicidade pela oportunidade ao mesmo tempo em que o velho sorri feliz por ter a atenção do jovem.

E o grande momento esperado pelo jovem chegou, a antiga curiosidade que à tempos o atormentava estava por ser atendida ; ouvir a aguardada e importante resposta !

E mais uma vez questionou o velho:

- Você sabe o que é fé?

O jovem emudeceu, a resposta esperada não aconteceu, e o pior, em contra partida mais uma nova questão!

O silencio do jovem foi o suficiente para o velho entender o grande dilema e ansiedade que tomava o intimo do proposto amigo, e de uma forma inesperada o velho toma a iniciativa e objetivamente avança na conversa como se não quisesse perder um só segundo do tempo disponível, ajeitando o seu velho chapéu para uma melhor visão direciona o seu olhar para os que por ali passavam com o intuito de usar um daqueles atletas como exemplo para a sua explanação, e sem qualquer formalidade dispara a sua rouca e cansada voz em um tom suave quase melódico convertendo os seus sábios pensamentos em preciosas palavras.

Argumenta o velho:

- Jovem, ordena cordialmente o velho, observe esses que agora passam correndo em exercícios aos seus corpos, podemos entender que para conseguirem o melhor do seu desempenho utilizam os caminhos e equipamentos disponíveis nesta praça para prática das atividades que buscam o melhor aos seus objetivos atléticos e esportivos.

O jovem ainda sob o efeito da segunda pergunta permanece atônito, sem entender ao certo qual o objetivo daquelas primeiras palavras e esperando do velho alguma resposta obvia que atendesse as duas questões...

O velho continua:

- Entretanto para atingir os seus objetivos esses mesmos atletas precisaram entender antecipadamente que somente com as renuncias pessoais, comprometimentos com propósitos de planos de vida saudável e condicionamentos diários de exercícios conseguiriam levá-los ao cumprimento das metas e sucesso dos seus projetos.

O jovem olhando fixamente e com a atenção totalmente voltada para cada palavra proferida da boca do velho percebia que por mais que tentasse não conseguia entender aonde chegaria todo aquele raciocínio!

O Velho percebe a inquietação do jovem, mas continua com suas abordagens.

- Os atletas acreditam que somente através da renuncia às festas, baladas, bebedices, drogas, luxurias e amizades inoportunas que tiram o foco dos seus objetivos, poderão conseguir a plenitude da capacidade psicológica e física para alcançarem os seus intentos atléticos...

- Certo? Pergunta o velho;

- Sim, responde o jovem balançando positivamente a cabeça.

Continua o velho:

- Os mesmos atletas se comprometem em valorizar sua alimentação através de uma condição balanceada com alto teor de proteínas e carboidratos e outros complexos vitamínicos para possibilitar mais energia aos seus corpos, se abstendo de certos alimentos que prejudicariam os seus condicionamentos.

- Concorda? Torna a questionar o velho.

O jovem continua balançando a sua cabeça concordando, permanecendo na esperança da possibilidade de entender o final do raciocínio do velho.

- E finalmente, completa o velho, esses mesmos atletas entregam-se a cansativos e rotineiros exercícios diários para desenvolvimentos musculares e condicionamentos físicos.

O velho por algum momento interrompe o seu discurso e olhando firmemente nos olhos do jovem completa:

- Você deve estar se perguntando o que tem a ver todo esse breve prosélito esportivo com as minhas duas questões?

O velho aguarda alguns segundos para reflexão do jovem e continua:

- Simples e para dar maior clareza ao assunto eu explico, os atletas para alcançarem a fé da possibilidade e tornarem possíveis os seus almejados objetivos, necessitam passar por todos esses processos com total dedicação, perseverança e persistência, concluiu o velho.

- Acredito que você concorda com o meu raciocínio? Perguntando mais uma vez ao jovem que perplexo analisa a quantidade de informações oferecidas pelo velho, mas prontamente responde para não perder nenhum dos preciosos minutos:

Sim, como poderia discordar desses princípios? Comenta o jovem.

- Então consideramos que a primeira questão está respondida. “ O Atleta precisa de fé para alcançar os seus objetivos. “, finalizando o raciocínio.

Sim concorda o jovem, pois como foi esclarecido, o êxito vem através da fé que é a condição fundamental que possibilita a certeza da perfeita conclusão de todos os fatores necessários para alcançar os objetivos, mas não entendi o porquê da segunda pergunta, lembrando a frase que ainda o intrigava profundamente: Você sabe o que é fé?

Porém o velho considerando cumprida a primeira parte do seu propósito, contemporiza com o jovem e protela para semana seguinte a resposta da segunda questão, alertando:

- Jovem, recomenda o velho, reflita com perseverança e sabedoria em todas as condições que foram impostas aos atletas que os forçaram e permitiram encontrarem naturalmente a fé da possibilidade para as conquistas dos seus objetivos.

O jovem agradece ao velho pelos esclarecimentos e despedindo-se é movido por um profundo desejo de reflexão.

Os dias daquela semana se arrastaram, pareciam intermináveis, mas o jovem perseverava em seus profundos pensamentos na tentativa do entendimento perfeito daquele valioso encontro. Cada palavra pronunciada pelo velho ecoava em sua mente e alma como que um alerta para o que ainda haveria de ouvir, e com isso a sua ansiedade aumentava a cada minuto.

Ele pressentia que algum fato muito importante estava para acontecer, pois as palavras do velho de alguma maneira coincidiam em partes com o secreto sentimento que carregava desde a sua infância que o forçara se apartar da convivência natural das demais crianças, e agora jovem também não tinha o desejo natural daqueles da sua idade e por opção vivia reservado em um isolamento saudável.

Finalmente o grande e tão esperado dia chegou o jovem ansioso por conhecer a resposta da ultima questão, logo após a aula de Inglês põe-se a caminho do revelador encontro, embora preocupado, pois poderia acontecer o inesperado, o velho não estar como combinado, mas o propósito do velho já habitava no jovem, o exercício da FÉ. O jovem cria que naquele dia todas as suas duvidas seriam dirimidas.

A alegria e a satisfação não poderiam ser maiores quando o jovem do outro lado da praça, mesmo a distância, vislumbrou a figura conhecida e marcante do bom velhinho, um sentimento de conquista surgiu inesperadamente no coração e na mente do jovem.

Ao aproximar-se do velho e conhecedor por sentimento da responsabilidade do grande momento o jovem treme, acomoda-se ao lado do velho e sem formalidades de cumprimentos o velho inicia rapidamente como de costume a sua conversa esclarecedora e objetiva:

- Em nosso último encontro entendemos que todas as conquistas dependem da FÉ.

- Sim, responde confiantemente o jovem...

- Os atletas confiam que se procederem corretamente em todos os fatores que precedem os seus objetivos o sucesso é possível, mas o exercício e aplicação da fé da possibilidade de cada atleta potencializam individualmente a confirmação e realização do seu feito, entretanto essa é a fé do possível, mas o objetivo da nossa ultima questão foi investigar se você sabe o que é FÉ.

- Sim! Exclama duvidoso o jovem...

- A praticada pelos atletas é a fé do possível, mas a FÉ que nos referimos é a FÉ no impossível. Afirma com firmeza e sobriedade o velho.

- E qual a diferença? Pergunta o jovem.

- Com a fé do possível os homens conseguem seus intentos pelo seu próprio esforço físico, enquanto a FÉ no impossível se adquiri por servidão e obediência a Deus, contudo na prática para se alcançar a verdadeira FÉ ,os procedimentos não são muito diferentes dos executados pelos atletas, a FÉ no impossível exige para o perfeito cumprimento do seu efeito, basicamente as mesmas obrigações e condicionamentos exercidos pelos atletas.

O jovem respira fundo, enquanto o velho prudentemente espera que o jovem reflita com serenidade sobre as sua ultimas palavras.

Depois de um breve momento de silêncio, o jovem manifesta a sua maior dúvida!

-Como conseguir a FÉ no impossível, a verdadeira FÉ?

O velho faz o jovem recordar algumas palavras do seu primeiro encontro...

- Em nosso primeiro encontro identificamos nos atletas que passavam, alguns procedimentos que eles utilizavam para adquirirem o melhor desempenho, entre os vários quesitos tínhamos como primeira condição a renuncia... Assim como acontece com o atleta, para se conseguir a FÉ no impossível também é necessário haver renuncias.

- Para alcançar o Poder da FÉ o corpo, a alma e o espírito precisam estar limpos e preparados, e somente através das renuncias às festas, baladas, bebedices, drogas, luxurias e amizades inoportunas que tiram o foco dos seus objetivos, poder-se-a conseguir a plenitude da capacidade e da virtude que possibilita a FÉ no impossível.

- A alimentação também deve ser saudável e com equilíbrio, completa o velho, e o mais importante são os exercícios:

- E quais os exercícios devem ser praticados? Pergunta curiosamente o jovem.

O exercício da Oração, responde o velho com o seu semblante misteriosamente iluminado, sujeitando-se com humildade na busca intensa, contínua e perseverante à comunhão do Santo Espírito de Deus.

O jovem percebe que a partir deste momento algo sobrenatural esta acontecendo naquele lugar!

O jovem sente que um profundo silêncio o separa do mundo a sua volta ouvindo somente a voz do velho que soa como trombetas afinadas anunciando Poderes e Manifestações não constituídas nesta terra transformando e edificando aquele simples jovem em nova criatura.

Naquele especial momento o jovem passa a sentir-se diferente em corpo, alma e espírito e com as suas estruturas abaladas por tanta manifestação percebe que o velho já não se encontrava mais ao seu lado.

Em desespero levanta-se e procura o velho por todos os cantos daquele lugar, mas o milagre da FÉ no impossível já havia sido entregue ao jovem e o velho desaparecido, em profunda tristeza, por saber que não teria mais a companhia do bom amigo ao abaixar a cabeça e com um olhar carregado de lágrimas avista sobre o mesmo banco que a pouco se encontrava o bom velhinho, uma carta...

Com as mãos tremulas toma o envelope e perplexo Le com profundo sentimento de perca o endereçamento:

Ao meu amigo jovem deixo como confirmação e herança da nossa breve, mas eterna amizade um poderoso documento que faz parte das Santas Palavras das Sagradas Escrituras que te sejam de luz aos pés e guia fiel e esclarecedora aos teus caminhos para consolidação da sua FÉ.

O jovem comovido pela partida do amigo e bom velhinho abre com as mãos vacilantes o envelope amarelado como se fosse pelo tempo, o Santo e valioso documento.

Ao abrir o envelope e retirar duas folhas de um papel com formato desconhecido escrito com letras cuidadosamente desenhadas possivelmente pelas mãos trêmulas, mas determinadas do bom velhinho prontamente inicia a leitura acomodando-se no mesmo banco que antes serviu de testemunha aos valiosos ensinamentos do ausente amigo.

Antes do iniciar o texto, o velho deixou registrado como prefácio na primeira folha, um esclarecedor decreto.

“Somente os escolhidos entendem a voz do Mestre, pois o enigma das parábolas do Livro dos livros só se conhece através da FÉ.”

Hebreus 11

1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.

2 - Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.

3 - Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.

4 - Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.

5 - Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.

6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.

7 - Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.

8 - Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.

9 - Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

10 - Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.

11 - Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.

12 - Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.

13 - Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

14 - Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.

15 - E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.

16 - Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.

17 - Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.

18 - Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;

19 - E daí também em figura ele o recobrou.

20 - Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.

21 - Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.

22 - Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.

23 - Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.

24 - Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,

25 - Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;

26 - Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

27 - Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.

28 - Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.

29 - Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

30 - Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.

31 - Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.

32 - E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,

33 - Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,

34 - Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.

35 - As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;

36 - E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.

37 - Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados

38 - (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.

39 - E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,

40 - Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.

Depois da atenta leitura o jovem entendeu o recado e o previlégio oferecido por Alguem que o conhecia desde antes do seu nascimento, e usando de um santo emissário para o esclarecimento do seu secreto sentimento e preparando a sua alma e o seu espirito oferece a grande oportunidade com poderosos ensinamentos para o perfeito conhecimento e exercício da FÉ.

Muitas vezes Deus nos surpeende enviando anjos do Céu e tambem da terra para elucidar,esclarecer e prevenir-nos sob a Luz da Sua Palavra, entretanto a condição imposta pelo dia a dia e por suas subtas ocorrencias mantem-nos refens quase que impossibilitando o direito adquirido da obediencia.

Portanto precisamos estar atentos e permitir que a inocencia e a simplicidade dos jovens e das crianças, acendam em nossos corações para que o santo entendimento do Bom Propósito de Deus seja completo e absoluto no fortalecimento do exercício poderoso da FÉ, pois assim como foi com os primitivos, devemos crer que encontrando Deus em cada um de nós condições, dispensará Virtude e Poder para combatermos um bom combate e sermos os próximos ha erguer com honras de bravura a Bandeira Vitoriosa da FÉ.

Pense nisso!