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Perfil

Nem poeta, ou louco, ou fulano de tao,
Ou um tal co'ares de Athena que vá à Igreja...
Que sou? Um sopro, um nada em prosa? Que seja:
Conquanto fogos ateie (hibernal)...

(Pra além das psicografias)

Uma outra coisa: Além de não ser incauto em não registrar bem antes o que vier a expôr, não posso ficar apenas com o trecho de um soneto meu para falar (mais ou) menos de mim.
Além do mais, lembrei-me dos perfis profissionais que inúmeros enviam para as editoras. Entendo que as mesmas editoras certificam-se, com isto, se a pessoa em questão já ganhou algum concurso literário, ou se publicou um bom artigo em um grande jornal, ou se talvez seu curso universitário tenha mais ou menos a ver... mas discordo. Pois o que se diz de um Patativa do Assaré ou de um Luiz Gonzaga da vida? Ou de outros tantos, que, não por ser anônimos, são de menor valia?!
E apesar de parecer ( - Já aqui até falei de Gonzagão:), mas sem um barato clichê, as editoras deveriam estar para a Literatura como os olheiros para o Futebol.
Porque sei/ sinto ( - E eis a concepção do poeta-vate:) que, mesmo nascido nas fazendas mais distantes do Rio Grande do Sul ou nos seringais da Amazônia, eu me tornaria ou um seresteiro de luas ou um triste mancebo incompreendido dos pais!
Até porque, um certo rapaz francês não nos enganou: Mesmo tendo ido a África para traficar armas, fugido ao frio de sua Charleville e a abdicar da poesia, teve, já por si, uma escapatória, em muito, poética!
E fim.