Em busca dum elo perdido ou do santo graal, na oculta latitude,
Sou um deslocado do mundo, enquanto nele não estou,
Porque o mundo deste mundo não abarca a infinitude;
Mas a liberdade se insinua ao prisioneiro que a dor marcou...
Busco trazer ao mundo o trovão da eloquência, a demover os circundantes com o oceano profundo e enérgico da música; ou com as palavras mudas na folha branca e seca que, no entanto, é vida; ou com o pensar contínuo que afasta o comum e mira o absoluto...
busco aquela fervura da mente, ardentemente sentida, que borbulha os vapores da essência da verdade, o brilho da inteligência que nos ilumina, que deslumbra e liberta do mundo terreno;
busco a transcendência, aquela que as filosofias e as religiões assopraram de longe, enquanto permanecemos enterrados na vida cega do homem;
e se não o faço, estou como o vegetal que espera o sol e a chuva para alimentá-lo, e sem eles, sucumbe;
e enquanto não sentir que converti o metafísico em realidade, e que a realidade se tornou uma fantasia, não estarei satisfeito. Apenas vivo.
Saudações,
Celso
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