A amplidão de meu olhar diante da vida, coloca-me pequenina, ciente de quem sou.
Trago angustiada viagem, morro devagar...
O cheiro da Vida remexe o fundo de meu lôdo e nunca caibo num só abraço, preciso todos, também do seu.
Reconheço sussurros dos ventos, águas, palavras omissas, desejos, reconheço beijo molhado, gosto de mar que vem dos olhos e raízes profundas .
Aceito franquezas, desistências, a morte....mas ainda não aprendi a lidar com o abandono das crianças, idosos e animais.
Sempre choro, choro sempre.
Cavalgo dia e noite no colo da natureza sem cansaço.
A tristeza me parte ao meio quando não derramo letras pelos caminhos; preciso escrever para respirar, sorrir, para entrar no cerne dos sonhos, das estrelas, dos gemidos e dos orvalhos.
Sou tímida, destinada a ser um risco n'água......já passou....já passou....passei!