O mal é o preço da liberdade O sentimento é selvagem e doce Quero sonhar outra existência Viver em essência, estar seguro em outro ser Honrar o Sol, roçar a lua A saudade me acompanha Juntei farrapos, engoli a emoção Ocultei de todos o real ser Criei um personagem: “Homem íntegro, amigo leal, bom filho, grande irmão, amável, gentil e humano...” Sim. Um personagem que interpreto e dirijo O viver não tem reflexos Mas a interpretação cobra seu preço E a embalagem onde estou não consegue agüentar “hipertensão, compulsão, ansiedade, depressão, pânico insônia, tendência suicida...” But, “the show must go on” E todo dia atuo sem parar E todo dia imagino minha morte Mas sou forte Ninguém pode saber, Ninguém pode ouvir Somente um “Eu” saberia compreender Procurei pelo mundo virtual Retrocedi ao mundo material Livros, artigos, poesias, documentários. E a noite não passa É assim que vivo, E até sou feliz...