Conheço-me o suficiente para me entender, e entender minha alma. Tem momentos de minha vida, que a saída é escrever para que minha loucura se limite a acompanhar meus devaneios e não soltar as amarras da razão.
Sou bucólica às vezes, mas dissimulo-me com uma alegria estonteante que vai das raias do prazer ao pretérito da concessão.
A verdade contida, faz um círculo de cristal em volta de mim, exigindo que a mentira se pronuncie com toda sua forma de existir, e se transforme na sapiência que alcança o temor de ser flagrada num canto qualquer de minha paciência. Assim, tento digerir a falsidade, considerando os porquês que permitem que ela possa vir até a mim.
Cultuo a sinceridade expoente e creio na felicidade como um estado de superação do ego ao absoluto.
Sou atávica e constituo como lema: "Vivam e deixem-me viver".
Quero muito do pouco que o Mundo oferece, para que meus degraus sejam fáceis de percorrer.
Estou dona da vida e minha nau vacila ao singrar os mares tépidos da loucura disseminando espumas de incertezas em todo os caminhos a trilhar.
Espero sempre algo de qualquer coisa que me decido alcançar.
Assim vou, como sou, sem culpa a me rondar.