Sou professora de Línguas e Literatura, licenciada e bacharelada pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em Estudos Literários pela mesma Instituição, câmpus de Araraquara.
Amante das artes, às vezes, ouso seguir meus momentos de inspiração. Resolvi reunir meus escritos e vi que tenho muitos textos de diversas fases da minha vida.
Tenho 58 anos, e há três um dilúvio transformou meu cotidiano: uma enfermidade chegou como um tsunami e levou parte dos meus sonhos que eu, aos poucos, reconstruí, ou seja, tive de ressignificar a minha vida. Um carcinoma espinocelular invasivo no reto em maio de 2009 trouxe-me de volta a São Paulo e ao seio da família. Houve recidiva em 2010 com metástases nos dois pulmões, e, atualmente, metástase cerebral. Trato-me em um hospital de excelência que me garante qualidade de vida. A força que vem do Altíssimo e as orações de tantas pessoas de todas as religiões, tantos grupos que nem conheço me dão vigor. Acredito e agradeço muito!
Nativa de Piracicaba, morei em várias cidades, por conta da profissão do pai dos meus filhos e da minha. Quando me afastei do trabalho, morava em Aracaju há quase sete anos. Voltei ao seio da família e fico entre São Paulo e Piracicaba.
Sou mãe do Cláudio Júnior, do René, da Talita e da Mônica. O mais velho vai me dar um netinho no final de 2012, algo que eu queria demais, incrementando o meu apego pela vida
O Nordeste ofereceu-me os melhores momentos da minha vida profissional passados no SENAI-SE e na FACULDADE SÃO LUÍS DE FRANÇA onde uma turma tem meu nome. A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, especialmente, o Departamento de Letras, sempre fez parceria comigo enquanto era Coordenadora da FSLF. Marcados para sempre na minha memória, a I SEMANA DE LETRAS que organizei na FSLF, levando ao palco adaptação de Medéia, de Eurípedes, a qual dirigi e ainda fui protagonista. O inusitado é que adoeci justamente um dia antes de começar a semana e aguentei firme. O câncer trouxe-me muita inspiração. Como já dizia o ensaísta e escritor francês Paul Valèry, ela é motivada por um momento de sensibilidade especial do organismo, em que enxergamos a essência das coisas e a poesia nasce. Mas, afirma ainda o ensaísta que após esse momento de abstração, vem um segundo momento, o da razão em que burilamos o que escrevemos no auge da inspiração. Para ele, poesia é abstração e razão. Concordo plenamente, e como poderia discordar de tal mestre?
Creio que meus textos falarão mais profundamente sobre quem sou.
Assino Preta Fá como nome artístico. Meu verdadeiro nome é Fabília Aparecida Rocha de Carvalho.
Saudações poéticas!