CONFLITOS RELIGIOSOS, A TORRE DE BABEL PÓS-MODERNO NA COMERCIALIZAÇÃO DA FÉ
(Intertextualidade com os colaboradores citados abaixo)
 
           Hoje em dia é fato, os seguimentos religiosos, que fala no nome de “Deus”, do “Espírito Santo” e de “Jesus”, estão assaltando por ideologia de que se despeita o propósito de salvação nas escrituras; o argumento usado pelos construtores da torre de Babel da antiguidade era, "...Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até o céu, e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra";(Gênesis 11:4)
          Uma exata “Torre de Babel” está sendo arquitetada na religião cristã evangélica, a qual está apoiada principalmente na ideia da prosperidade e do enriquecimento rápido. Mas a igreja está sendo devastada por uma diversidade de ensinamentos sem base bíblica, trazidos por homens gananciosos e sem noção de limites; a cada dia inventam novas formas de incentivar as ofertas em dinheiro, sob as mais absurdas e falsas interpretações do texto bíblico; falsos dons, falsas revelações, curas hipnóticas, manipulações mentais e psicodélica pública sendo chamada de avivamento.
          Cada igreja fala a sua própria linguagem religiosa; cada igreja quer ter seu próprio evangelho, seu próprio espaço independente, seus mitos e cerimônias, suas campanhas de fé; seus símbolos e enfim, suas próprias revelações; certamente Deus já os confundiu há muito tempo, e eles ficaram cegos para a verdade, e confusos com a linguajem originaria da salvação (a sã doutrina - II Timóteo 4:3; Tito 2:1-12); pois como não queria pregar o verdadeiro evangelho a toda criatura, foram então espalhados sob os nomes de suas diversas denominações; estão confusos, pois religiosamente, falam línguas diferentes, não conseguindo entender a mensagem do Pai e se unir em Cristo Jesus.
          Essa ideia é também, porque essas igrejas estão edificando para si uma sociedade religiosa à parte, formada apenas por aqueles que não questionam e concordam com “tudo” o que seus líderes dizem; estão cultivando uma ideologia de superioridade baseada nas aparências, ou seja, ensinam seus membros a elevar autoimagem, alcançar sucesso e humilhar as pessoas, que não lhes davam credibilidade; estão evitando um evangelho, que se espalhe por toda a terra (Marcos 16:15) que não se limite a diferenças (I Coríntios 1:10); que se comunique de uma maneira unificadora (Gálatas 3:28); que não se reduza a mesquinhez e amor a riqueza (Mateus 19:16-23); e que apresente o evangelho de salvação como algo mais importante na vida do homem (Mateus 16:26,27).
 
Estado laico e liberdade religiosa: o que diz a legislação brasileira?
 
          O Brasil é um país laico? As opiniões quanto a esse assunto divergem. A exposição de símbolos religiosos em edifícios públicos, por exemplo, já foi amplamente debatida: alguns defendem a retirada dos símbolos desses ambientes, argumentando que contradizem a laicidade do país, enquanto outros acreditam que sua exibição não fere a laicidade ou liberdade religiosa do Brasil. Outro argumento utilizado pelas pessoas que não acreditam que o Brasil seja realmente laico é que a Constituição cita Deus logo em seu início.
          Apesar dessas polêmicas, a legislação é clara em afirmar que o Brasil não pode manifestar preferência religiosa ou privilegiar uma religião específica (artigo 19 da Constituição Federal). Ou seja, poder público e religião devem ser separados: o Estado, portanto, conforme a legislação brasileira, é laico.
          O Brasil é um Estado laico, não ateu – ou seja, não proíbe práticas religiosas em seu território. Assim, todas as religiões devem ser respeitadas e seu exercício permitido. Os governantes, desse modo, têm o direito de praticar suas crenças individuais na esfera privada. Como representantes do povo, é mesmo saudável para uma democracia, que haja políticos de todas as religiões em todos os níveis de governo, de acordo com o princípio pluralista.
 
Há limites para a liberdade religiosa?
 
          Como qualquer outra liberdade, a religiosa também não é totalmente ilimitada. Se o exercício da religião de um indivíduo implica na realização de um crime, por exemplo, o cidadão não estará livre de pena ou punição por ter agido movido por sua fé. Assim, se uma religião hipotética prega o ódio a outras pessoas, violência, realização de sacrifícios ou qualquer outro mal a terceiros, suas possíveis ações criminosas serão julgadas e punidas. Do mesmo modo, como qualquer outra pessoa, seria devidamente julgada e punida pelos mesmos crimes, independentemente de suas motivações.
          É importante frisar este ponto porque, muitas vezes, grupos se utilizam da religião como desculpa para realizar certos atos violentos ou mesmo, terroristas. Esses grupos são comumente chamados extremistas e, em geral, não refletem o comportamento majoritário das pessoas que seguem aquela religião. Assim, não se pode criminalizar o exercício de alguma religião específica, por exemplo, porque alguns de seus membros foram responsáveis por atos que trouxeram danos à sociedade e aos demais cidadãos.
          Uma polêmica atual referente à liberdade religiosa na política é a da bancada evangélica, que tem demonstrado cada vez mais força nos últimos anos, em conjunto com o crescimento da população evangélica no país. A princípio, não há nada de errado em políticos revelarem suas convicções religiosas e serem a voz, nas instâncias de poder, das populações, que professam a mesma religião. Como afirmado anteriormente, tal representatividade pode ser benéfica à democracia, ao opor diferentes perspectivas existentes na sociedade.
          Entretanto, quando o político é eleito, passa a representar não somente as pessoas que o elegeram, mas toda a população da unidade federativa correspondente – município, estado, Distrito Federal ou União. Assim, apesar de poder contribuir livremente ao debate, expressando inclusive o ponto de vista de seu eleitorado e de sua religião, deve tomar as decisões visando o bem comum da sociedade. Cabe assim aos cidadãos a fiscalização dos votos e decisões de seus governantes, para garantir que sempre sejam feitos visando o interesse da sociedade como um todo, e não somente de grupos específicos.     
          O artigo nº 5 da Constituição trata especialmente da liberdade religiosa e de crença:
     “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”
          Além da proteção ao direito de exercício de cultos e crenças, a Constituição também reafirma seu compromisso com as liberdades religiosas e respeito às diferentes religiões ao garantir que:
     Ninguém será privado de direitos por suas crenças – por exemplo, uma pessoa não pode ser presa por expressar sua crença religiosa;
     Assistência religiosa será assegurada em entidades civis e militares de internação coletiva – demonstrando que o fato do Estado ser laico não significa que ele deva impedir manifestações religiosas em locais públicos, mas sim garantir a liberdade para que cada um aja de acordo com suas crenças; 
     Àqueles que, conforme sua crença, não possam realizar o serviço militar tradicional, seja permitido que realizem serviço alternativo – confirmando seu respeito pela fé individual de seus cidadãos;
     O ensino religioso não-obrigatório será ofertado nas escolas públicas de Ensino Fundamental – possibilitando assim o conhecimento religioso às crianças, mas sem obrigá-lo, o que constituiria em violação à liberdade religiosa.
 
O QUE É LIBERDADE RELIGIOSA?
 
          De modo simplificado, a liberdade religiosa é a liberdade de professar qualquer religião, de realizar os cultos ou tradições referentes a essas crenças, de manifestar-se, em sua vida pessoal, conforme seus preceitos e poder viver de acordo com essas crenças.
          A liberdade religiosa está relacionada ao conceito de laicidade. É importante frisar que não é necessário que um Estado seja laico para que liberdades religiosas existam nele. Um país pode adotar, por exemplo, uma religião oficial, mas permitir que seus cidadãos pratiquem outras religiões que não aquela. É o caso da Dinamarca e do Reino Unido, por exemplo.
          Entretanto, um Estado laico, como o Brasil, ao se afirmar como tal, tem o compromisso de separar Estado e religião e de proteger a liberdade religiosa, garantindo esse direito a todos os seus cidadãos. Além disso, como Estado laico, o Brasil não deve influenciar as crenças pessoais de seus cidadãos e não deve permitir que as crenças religiosas de seus governantes tenham influência direta na formulação de suas políticas.
          As liberdades religiosas são garantidas por leis específicas, que definem quais são os direitos religiosos dos cidadãos de cada país. Assim, elas podem ser diferentes ou tratadas de modo distinto por cada país, conforme sua legislação. Iremos expor quais direitos relacionados às liberdades religiosas são garantidos no Brasil, em seguida.
          A religião é um dos fenômenos mais importantes entre aqueles pertencentes exclusivamente ao ser humano. Toda cultura ou civilização, sem exceção, desenvolveu um sistema religioso, fosse ele mais elementar, como as religiões dos povos nativos da América e da Oceania, fosse mais complexo, como as religiões abraâmicas (derivadas do patriarca Abraão) médio-orientais: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
          Após o advento das ciências humanas especializadas, como a antropologia, a sociologia, a história e a psicologia, muitos investigadores vêm tentando explicar o fenômeno religioso e, grosso modo, definir o que é a religião. Alguns deles, como os filósofos alemães do século XIX Friedrich Nietzsche e Karl Marx e o francês Auguste Comte, manifestaram-se como absolutamente avessos à ideia de religião e à existência de uma realidade transcendente, isto é, uma realidade que está para além desse mundo, do mundo físico, material, corpóreo. Concentraram-se em ressaltar aquilo que julgavam ser o essencial no religioso, isto é, o seu suposto caráter nocivo para a humanidade.
          Por outro lado, outros pensadores, como o sociólogo Émile Durkheim e o estudioso de mitologia e simbologia Mircea Eliade buscaram entender a religião de forma mais objetiva, procurando entender o funcionamento de noções como o sagrado, o profano, o mito, as imagens, os símbolos religiosos, bem como as práticas rituais, como o sacrifício. Em seu livro As Formas Elementares da Vida Religiosa, Durkheim procura definir a religião como um sistema de crenças e práticas (como os rituais, orações etc.) relativas ao sagrado.
          Os antigos babilônicos concebiam o mundo como uma alta montanha e achavam que os deuses habitavam nos cumes dos montes; então, colocavam no último patamar das torres a morada dos deuses da cidade. Na Babilônia a torre mais famosa era a do deus Marduque, chamada de “casa do fundamento do céu e da terra”.
           Era o poder político da Babilônia divinizado. Assim, a torre de Babel mostra um empreendimento pagão religioso, de homens que queriam criar para si um nome famoso, que os mantivesse unidos, formando assim um poderoso centro político e cultural, impregnado do culto de um ídolo. Queriam construir, longe do Deus verdadeiro, um centro político e religioso que tivesse domínio universal. O símbolo desse poderio seria a torre muito alta. Mas o Senhor confundiu a linguagem (linguagem religiosa, ou de entendimento religioso) das pessoas e colocou confusão entre elas (Gn 11,7).
          Deus permitiu que a soberba daqueles homens pagãos se voltasse contra eles mesmos e se desentendessem entre si, afastando-se uns dos outros e fracassando no seu projeto religioso. Não é que tenha havido uma súbita multiplicação das muitas línguas, mas em consequência da dispersão, haviam surgido lentamente as línguas diferentes.
          A mensagem forte do episódio narrado é, que pela falta de uma união interior feita pelo Deus verdadeiro, aconteceu o esfacelamento dos grupos religiosos. O autor sagrado deu o nome de Babilônia à cidade orgulhosa de Gn 11; na história sagrada este nome tornou-se o símbolo do poder deste mundo que se faz adverso e inimigo de Deus.
          Mais tarde, no início do Cristianismo, os cristãos vão identificá-la com a cidade de Roma que matava os cristãos. É a Babilônia do Apocalipse.
           O episódio da torre de Babel quer mostrar, que o mal que foi gerado pelo pecado original, consumado na morte de Abel, punido pelo dilúvio, vai-se alastrando cada vez mais, o que faz constituir um povo à parte em Abraão (Gn 12) a fim de preparar a salvação da humanidade perdida no pecado.
          Podemos dizer que em Babel, devido à soberba dos homens, houve a divisão e o desentendimento, e as línguas se multiplicaram por divisão religiosa, cada religião por si, com sua linguagem e entendimento. Os povos antigos viam a grande diversidade de línguas causada pela divisão entre os homens e suas religiões, e consideravam isto uma desgraça e mesmo um castigo por causa do pecado.
          Quando o ser humano se coloca como "criador", ele faz com que qualquer coisa, moral ou imoral, se torne permissível. Deixando de guiar-se pela lei natural, ele cria leis, que contradizem o seu próprio bem e que tratam o seu próximo como um objeto descartável. A vida de uma criança por nascer, vista não mais como uma bênção, torna-se uma inconveniência para muitos. A sua própria existência depende de uma decisão, se ele deve ou não viver ou morrer. Os enfermos e os mais velhos se tornaram descartáveis, já que a sociedade tem o "direito" de legalmente mascarar o homicídio praticando a eutanásia de seus entes queridos a fim de poupar-lhes mais dor e sofrimento.
          Não fosse o suficiente, em alguns lugares, o suicídio assistido por médicos agora também proporciona o falso conforto de ter os membros de sua família "morrendo com dignidade".
          A história tem o hábito de repetir a si mesma. Não importa o quão avançado se torne o homem moderno, o mundo ainda parece cometer os mesmos erros do passado e deixar-se enganar pelas mesmas mentiras. Uma delas é a noção de que o homem pode tomar o lugar de Deus, esforço que não é estranho ao ser humano.
           Curiosamente a expressão “Torre de Babel” não aparece no Antigo Testamento, mas é o nome popularmente adotado para se referir à torre da cidade de Babel.
          A palavra para torre é migdol, que significa “torre de vigia”. A palavra “Babel” vem de bavél, e significa “portão de Deus” pela combinação do acadiano bab com o hebraico el. O nome Babel também é explicado pela etimologia popular baseada numa raiz hebraica similar, no caso balal, que significa “confusão”, “mistura”, que possuí relações fonéticas com a palavra Babel.
          Certo é que o nome Babel se tonou sinônimo de lugar do juízo de Deus, onde houve a confusão das línguas e o início das diferenças idiomáticas. Qual era o idioma falado antes da confusão de línguas em Babel?
          Essa é outra pergunta que acumula muitas especulações. Na verdade, não se sabe qual era o idioma inicial antes da confusão de línguas na Torre de Babel. Alguns estudiosos sugerem que esse idioma era o hebraico. Mas não existe fundamentação alguma para defender essa possibilidade, principalmente pelo fato de que o próprio hebraico é originado de outros dialetos.
 
Fontes
https://padrepauloricardo.org/blog/a-torre-de-babel-e-o-desejo-de-tomar-o-lugar-de-deus
https://cleofas.com.br/a-torre-de-babel-qual-e-a-sua-mensagem/
https://www.politize.com.br/liberdade-religiosa-no-brasil/
As Torres de Babel da religião Moderna.
Por:Wagner Nestor
 
Léo Pajeú Bargom Leonires e https://padrepauloricardo.org/blog/a-torre-de-babel-e-o-desejo-de-tomar-o-lugar-de-deus https://cleofas.com.br/a-torre-de-babel-qual-e-a-sua-mensagem/ https://www.politize.com.br/liberdade-religiosa-no-brasil/ As Torres de Babel da religião Moderna. Por:W
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 28/06/2019
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