ESTES PRIMOGÊNITOS SUPERPROTEGIDOS E SUAS MÃES POSSESSIVAS

Já abordei este tema de diversas formas, mas não param as queixas de irmãos, pais e parentes sobre os assuntos, daí um novo aprofundamento.

Inicialmente abordemos as causas possíveies de explicação.

Desde a mais tenra idade imperou o machismo na humanidade, sobrevalorizando os homens, como o sexo forte, a recompensa maior dos pais, pois os machos seriam o sustentáculo da família. Como já repeti N vezes, a situação hoje é outra: quem sustenta os pais que necessitam ajuda são as mulheres. Os homens sustenta os sogros, em sua maioria.

As mulheres, subjugadas por esta sensação de inferioridade, talvez porque no passado se intimidavam pela falta de um falo, encontraram uma saída fingindo-se de passivas diante da sociedade, mas na maioria das vezes impondo cruelmente sua vontade, exigida em troca de uma permissão ao sexo, onde na maioria das vezes nem conseguem se satisfazer, pois os homens, repito, não aprenderam a amar. Normalmente (que isto não sirva de generalização) aprenderam a carregar peso, falar em tons mais graves, a brigar e defender o lar contra os agressores. Amar? Não precisava, pois bastava impor-se e receber 'sua justa paga'.

Ao contrário de perceberem isto, entretanto, elas ao contrário de mudar a regra, exigiam dos filhos dominação, motivadas por um ciúme, que acontece muitas vezes, pela 'substituição' do seu papel de amada, por outra 'sujeitinha qualquer'.

Conheço muitos casos onde as mães aconselham os filhos a não permitirem que suas namoradas, esposas lhes ponham o cabresto e lhes montem de surfetes. Isto tem uma explicação: "não deixe que elas me afastem de seu coração".

A maioria dos homens sentem o que Freud chamou de Complexo de Édipo, onde desejam sempre o amor (termo generalizado) das mães. Também as mães acabam desenvolvendo o Complexo de Jocasta, onde não desejam fazer sexo com os filhos, mas os amam acima de todas as coisas.

As meninas revoltadas com esta visão, descarregam sua dominação aprendida a duras penas, sobre o esposo, passam, como as mães, a desejar um filho homem, encarregam as meninas de tarefas caseiras, onde felizmente as de hoje não querem mais este papel de "lava a roupa todo dia, que alegria!" e estão concorrendo com garbo com os 'maschios', saindo-se muito bem.

Os primogênitos, retornando, aproveitam-se desta facilitação e conseguem tudo: desde celulares caríssimos, o segundo carro (ou o único) da família, com multas espocando, que são repassadas para os outros membro habilitados da família; telefonemas a cobrar várias vezes por dia, se moram em cidades diferentes, levando o pai (provedor) ao desespero; envio de mesadas (semanais) para seu sustento; cursos que dariam para fazerem com que fossem as maiores cabeças pensantes do mundo e nem sempre conseguem; passeios vários; namoradas em exagêro, não raro com um filho bastardinho, sofrido, com a mãe penando para receber uma pensão do avô.

Poderia mostrar que a costatação desta realidade, por si só não basta, é preciso mudar as cabeças. Mas algumas questões emergem: As pessoas tem consciência destes fatos? Elas não estão preferindo deixar como está, para ver como fica?

Volto sempre ao ponto de partida, como resposta: Se não procurarmos ver nosso interior e partir para a realidade, creio que só restará uma prece para que o oxigênio terrestre acabe logo, ou termine logo o degelo polar, o mar invada as áreas povoadas e "finito".

Acordar, mudar, parar de se sentir inválido, impotente.

Sair do conformismo que mutila.

E já! Ou?...

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