REFLEXÕES AO ANOITECER
Não sei por quanto tempo ainda posso
Usufruir, do bem que é a vida,
Transpor os portais desta minha lida
Usar boas palavras que eu endosso.
Não posso afirmar que o remorso
Seja parte da alma estremecida
Conquanto, a minha imagem consolida,
O eco do espelho de que me aposso.
Eu quero a liberdade não cativa
Sentir a minha alma rediviva
Ser parte do universo e não o todo.
Eu quero adormecer no sono eterno
Fazer parte da terra que prosterno
Posto que tudo o mais torna-se engodo.
(Milla Pereira)