O ANCIÃO [CXXX]
Foi jovem, bem viveu, vegeta agora;
um pé, se o põe na rua, já tropeça,
que mais parece ter bebido à beça,
e escorre passos lentos, com demora.
Ninguém que veja aquela andante peça
dirá que o velho foi varão, outrora;
um tipo massa que o desporto explora,
só que o descarta, se a ruir começa.
Exangue e posto sem nenhum relevo,
o ancião, um postiço ser social,
vive à margem, por ser alguém longevo.
Do velho, a Previdência faz-se o corvo:
o Estado o põe no andor, mas, na real,
macróbio sempre vira grande estorvo.
Fort., 30/10/2009.
Gratíssimo eu fico à grande Angélica Govea
pela interação, ela sempre tão amiga, gentil
eficiente sobretudo nos acrósticos.
Meu abraço, poetisa, bjs.
G anhas-se do tempo
O cansaço do corpo
M emória falhas
E que não seja isto empecilho.
S aber cuidar é gratidão
D aqueles que já viverão
A vida em plenitude
S ejam agora recompensados
I sto por todos amados
L evando com dignidade a
V ida com recursos e igualdade
E m muitos casos prioridade
I mpreterivel condições de viver
R ealmente sua velhice
A ssim que se acabe esta imundice, de tratá-los como estorvos. COM
CARINHO ANGELICA GOUVEA Boa noite, amigo, fiz um ano de Recanto dia 24/10 para comemorar um ano, estou convidando os amigos a deixarem um comentário para guardar de lembrança dos amigos por já passei. Otexto é: Um caminho, um sonho, uma realidade. Conto com sua presença.
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 30/10/2009 20:57
para o texto: O ANCIÃO [CXXX] (T1896348)