EXPLICANDO MEU SUMIÇO

Estava na areia da praia

Deitado muito à vontade

Chegou um rabo de saia

Que pediu por caridade

Pra ir lhe fazer companhia

Pois há muito que não via

Macho bonito de verdade!

Alguns metros nós caminhamos

Quando me vi todo cercado

E depressa nos encontramos

Num lugar jamais vislumbrado

Tinha mulheres esquisitas

Algumas poucas bonitas

Eu havia sido raptado!

Coisas estranhas elas diziam

E só uma interpretava

Notei que todas percebiam

O que a Emília explicava

Era terráquea a danada

E numa pinga bem chegada

Aí, coisa já melhorava!

Tinha sido abduzida

Junto com outra, Eliana

Que na praia se fez seguida

Por esse gostoso e bacana

As duas foram dominadas

Pelas marcianas taradas

Que queriam macho sacana!

Ambas foram libertadas

Depois duma breve reunião

As marcianas todas peladas

Querendo logo o gostosão

Não vou mentir pra ninguém

Tinha mulher pra mais de cem

Todas morrendo de tesão!

Vinte dias naquele lugar

Sentindo fraqueza constante

Quando aquilo ia baixar

Elas usavam um barbante

Suas vontades, eu saciava

O trem já não agüentava

Dizer sim a todo instante!

Na mesma praia fui deixado

Passei dois dias no hospital

Um doutor ficou abestalhado

Ao me ver assim tão mal

Tomando soro pra recuperar

Só agora consigo andar

Com curativo no bilau!

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Meu amigo KNZ (Ki Num Zôa) não acreditou nesse fato tão verídico. Vejam:

Pessoal, esse aí mente que nem sente. Ainda bem que eu estou aqui com a missão de esclarecer a verdade dos fatos:

To achanu qui a idadi

Dessi meu amigu falanti

Tá trazenu sódadi

Daqueli tempu distanti

Qui Deus por bondadi

Fazia ficá excitanti

U bilau por brevidadi.

I provu qui é mulecagi

O qui conta essa versaum

Pois ricibi mensagi

Vinda lá das imensidaum

Isso tudu foi miragi

Dessi nobri cidadaum

Quie menti cum coragi.

Mi contaru as ETsuda

Qui vieru na isperança

Di voltarem barriguda

Esperanu ua criança

Mas a coisa era miúda

E avivia sempri mansa

Deixanu as moça bicuda.

Bem feito pras dondoca

Qui fugiru bem possessa

Naum to fazendu fofoca

Mas a verdadi é essa

Elas cum fogu na pororoca

Queriam ua cobra jararaca

Mas incontraru foi minhoca.

Genial Goltara! Abraços!

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Minha maninha Claraluna ainda veio bronquear comigo, mesmo eu estando "dodoi" :

Um bilau istrupiado

Prumodi das marciana

Ocê tá é indoidado

Num veim inganá sua mana.

Mais beim qui discunfiei

Un OVNI eu avistei

Cheio de muié sacana.

Eu só num cumpriendi

Purqui a Milla tá no meio

E também minha Lili

Qui im Vila Véia num vêio

Eu istava im Cuiabá

Pur issu num vô entrá

Nessi causo meio feio.

Vô falá cum Liodoro

Qui é um homi arretadu

I primu di Isidoro

Um dotô conceituadu

Pra ixaminá a questão

Pegá o bilau na mão

I vê si ele é finadu.

Ocê vai tê qui prestá

Queixa na delegaçia

Pru sequestru investigá

I acabá cum essa fulia

Num si assusti meu irmão

Si o seu trem ficá bão

Abduza sua Maria.

Maninhu, miora procê e vê si num inventa causu assim cumpricadu. Beijos, Hull.

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Minha amiga mineira (de Itaúna), a Visla, duvida também da minha história:

Ai, Pedrinho, não inventa

Que história mais furada

Você mesmo admitiu

Que a tal mulher tarada

Era na pinga chegada.

O que de fato aconteceu

Foi que você bebeu

Dois litros sem perceber

De "pincumel", coisa rara

E nessa praia adormeceu.

O álcool fez seu efeito

O delírio transbordou

Você todo faceiro

Nem viu que desmaiou

E o pesadelo começou.

Depois que acordou

Com tanta vergonha ficou

Vou inventar uma história - pensou

Ora, me faça o favor

Inventa, mas não aumenta.

Ainda recebe um processo

Por tanto manifesto

Propaganda enganosa

Contando todo prosa

O tamanho do documento!

Tome tento seu "mininu"

Contente-se com o que tem

Não é tamanho que satisfaz

Mas a competência de quem

Sabe muito bem o que faz!

Bravo, Pedrinho! Quem dera todo sumiço fosse por causa tão amena. (rsrs)Beijos. Visla.

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A poetisa Franmello parece ser a única que acredita na minha história:

Que coisa mais engraçada

Essas mulheres taradas

Que te levou para o canto

Te tirou deste recanto.

Não eram todas marcianas

Tinha uma que era baiana

As outras restantes

Eram todas sacanas.

E o coitado do Pedrinho

Pensando ter feito o ninho

Foi usado feito um Pintinho

Teve que suar a camisa.

Quase perdeu o bilau

E se fica mais uns dias

Teria virado mingau

E enchido a barriga daquelas mulheres canibal!

Um abraço cheio de laços***Seja bem voltado em nosso cantinho***FRANMELLO

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Agradeço também a participação de: Fernanda Xerez, Neusa Staut, Mriam Lazaro, Elen Nunes, Rejane Chica, Betina Marcondes, Moenda das letras, Isabel Ramos, Luna de Primo, Anne Lieri, Milla Pereira, Lneves e Doce Val, pelos comentários e por terem ficado penalizadas com a minha situação. rsrsrs.,..

Pedrinho Goltara
Enviado por Pedrinho Goltara em 22/10/2009
Reeditado em 25/10/2009
Código do texto: T1881305