EU VI ZELINHA
(A Zélia Maria Freire)
Olá... Nena, Malu, José Cláudio, Maria Olímpia, Angela Gurgel e demais recantistas, com exceção de Marília Paixão, que também a conheceu, posso fazer-lhes inveja: EU VI ZELINHA. Não só vi como a conheci, conversei horas a fio, tomamos juntos cerveja... e enxerido como só eu sou, almocei em sua casa e provei do seu cafezinho. Lembras Zelinha de meu texto: Um cafezinho com Zélia Maria Freire? Pois é, premeditei tudo. Demorei apesar de Morarmos na mesma capital, mas esqueçamos as ausências, de toda forma fui. E foi um encontro daqueles.
Como ela é um doce de pessoa. Ei gente, pior que sua erudição não fica só nos textos. Um bom papo tivemos. Falamos sobre poesia, filosofia, política, brincadeiras, contei-lhes umas piadinhas. Poderiam até não ter lá tanta graça, mas o momento tava tão bom que rimos a beça. Entreguei-lhes alguns presentinhos incluindo a antologia poética de Vinicius de Moraes recitada por ele em CD e mensagem de Fernando Pessoa cantada por Elba, Zé Ramalho, Ney Matogrosso... gente desse calibre. Pois é, me esbaldei em tanta jovialidade. Tenho a idade de sua neta, que inclusive é amiga minha, ou seja tenho idade de ser seu neto, mas em principio quis parecer um amigo mais velho. E ela lá bem mais descontraída. Eu então querendo passar uma de cara mais formal, disse: vai que cometo “gafes”. Só no comecinho, vez que num curto tempinho de papo parecíamos mesmo era dois adolescentes de 15 anos debutando a alegria de duas pessoas que tem apreço pela verdade, escrita, política, música, filosofia e poesia...
É Zelinha, que os encontros tornem a vir novamente, pois como disse ao sair de seu lar doce lar: “zelinha, saio daqui hoje cinquenta anos mais vivido e experiente”...
“OS DEUSES VENDEM QUANDO DÃO”...