TROVAS PARA TROVAS IV
(Escritas   por ocasião de visitas a colegas, que as inspiraram)

À noite faço serestas
num choroso violão,
pois assim corto as arestas
que me ferem o coração
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A Camélia , por ciúme,
está sempre invejosa,
pois lhe falta o perfume
exalado pela Rosa.
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Na janela não mais vi
meu beija-flor predileto.
Deu lugar ao bem-te-vi,
cantador bem indiscreto...
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No mais longínquo rincão,
chora a viola caipira:
lamentos do coração
que por estrelas suspira...
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De papel, o meu barquinho,
é tão frágil e tão pobre...
Navegando em remoinho,
tenho medo que soçobre...
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Angélica Gouvea

C ativas com suas trovas
E is aqui, está a prova
Lindas e sempre novas

I rradia a emoção
N as páginas com dedicação
A ssim vive de renovação

F eita pelo um coração
I luminado e dedicado que
G osta de trovar,
U ma maneira de carinho levar
E ncantando o Recanto.
I sto enxuga qualquer pranto.
R evela a alegria de se doar
E partilhar o que sabe fazer
D eixando o amor transparecer
O brigada amiga por nos trazer.