DUELO EM TROVAS

DOIS TROVADORES DANADOS

EM UM DUELO FERINO

O meu nome é ZÉ DA MANGA

Sou poeta trovador

Quem me enfrentar ponho a canga

Para aprender meu valor.

Já eu sou COBRA CRIADA,

Não tenho pena, nem peno,

Quem tem medo de lapada

Cuidado com meu veneno.

Quem ZÉ DA MANGA enfrentou

Já sentiu peso do braço

E viu o quanto esquentou

Antes de virar bagaço.

COBRA CRIADA quem tenta

Enfrentar em um só dia

Vê nove virar noventa

Enquanto a venta doía.

Eu ZÉ DA MANGA aqui digo

Que castigo sem ter dó

Quem vier lutar comigo

Brigo com uma perna só.

Você só conta vantagem

Tem pabulagem e zoada

Mas perde toda coragem

Quando vê COBRA CRIADA.

Para mim você é nada

Pega o galo e solta a franga

Pois fica de perna inchada

De correr de ZÉ DA MANGA.

Você no nome tem fruta

Eu no nome COBRA tenho

CRIADA é mais do que luta

Que você vê no desenho.

Tenho tronco igual mangueira

Mesmo sendo apenas ZÉ

DA MANGA te dou rasteira

Que você não fica em pé.

Encerro a disputa agora

Dando um bote, de virada,

Vendo que o rival já chora

Temendo COBRA CRIADA.