A outra parte de mim

Sou amarga é bem verdade
Mas sei também adocicar
Os lábios que com amor
Eu possa vir a beijar

Sou romântica, sonhadora
Nervosa e bruta também
Porém com todos defeitos
Sei amar como ninguém

Sou uma parte de ternura
Sou metade de vulcão
Elevo a temperatura
Com leve toque da mão

Sou elétrica e congelante
Sou doçura e amargor
Sou feita rosa com espinho
Enfeito e causa temor

Quem teve a desventura
De um dia me conhecer
Creio que deseja a morte
Por não aguentar o padecer

A falta que sei que faço
A você que bem me quis
Mas não soube conservar
E vive a sua vida infeliz

Sei dizer e sem rancor
Pois aqui sofro também
Por um dia acreditar
No amor de quem não tem

De quem não tem sentimento
E nem conhece o pavor
Do coração em sofrimento
Escondendo um grande amor

Pode passar muitos anos
Grande chuva ou temporal
Quando o amor é verdadeiro
Ele se torna imortal

Imortal em sua lembrança
No decorrer do caminho
Sempre como na infância
Desejando o seu carinho

Mas como a vida assim quis
Vivamos a nossa sina
Encarando a realidade
Sendo sempre uma menina

Levar tudo em brincadeira
Para vencer a tristeza
Não guardar dor ou canseira
Por mais difícil que seja

Depositar as angústias
E os momentos de dor
Nos braços de nosso Deus
A excelência em amor
Lindalva Borba
Enviado por Lindalva Borba em 26/12/2015
Reeditado em 26/12/2015
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