JARDINS NO MEU CORAÇÃO

JARDINS NO MEU CORAÇÃO

Terra desnuda, estéril que insiste em existir,

Toda a vida que anemofilamente permeava o ar não foi suficiente para introduzir,

Uma única faísca de vida nesse terreno mórbido, maculado pela falta de flor e de amor,

A retomada de vida, o desfibrilador foi o “não” a resignação,

Sementes outras circulam o ar, que antes impregnado de anti-vida,

Jasmim, rosas, petúnias e demais, procuram para fecundar terra batida,

O meu coração que ainda passa sangue, por um milagre, continua a partida,

Em um jogo perigoso que convive com a morte e a com a vida,

Como um quantum de energia não conhecida, modifica a história pré-concebida,

Que poderá, ser reescrita, de uma forma menos árida, e que se torne inspirada,

Por um fluxo de bem-querer tão insólito, o qual não conhecemos bem o propósito,

Tomou de assalto meu combalido coração, se plantou uma poderosa semente então,

O poder foi tão sem igual que imaginei ser o fim afinal,

Mas como um poder sem confrontação, fez com que a vida retornasse sem moderação,

Aos poucos ao me recuperar pude verificar, uma área grande como uma garagem, mas, na realidade era uma Garden,

Com as mais finas flores e odores, fui tomado também com os mais requintados sabores,

Os quais produzem prazer sem igual,

E com isso meu compasso lembrava mais o carnaval,

Assim, tudo modificado para melhor, a vida foi mais interessante,

E o que era estressante, foi embora para dar lugar em algo para aplacar,

A esterilidade que outrora vívida, permitiu que os campos se enchessem de beleza,

Imitando a mais bela parte da natureza,

A riqueza foi tão excepcional, pois foi um crescimento exponencial,

A escolha foi a mais acertada e a banca foi quebrada,

Antes vivia de migalhas e agora como diz na gíria sou o “tal”,

Meu coração ao longe é mais opulento que o Taj Mahal.