MENINO DE RUA

Eu sou a incoerência dos senhoris

do poder que trazem em egos inflados

o seu pouco perceber, sou o lixo

irreciclável sou o frívolo viver

Sou a cena em tela plana, a insensatez

humana lá do planalto central,sou uma

briga amiúdes sou sem vida sou o grude

dos bancos das catedrais

Sou testemunho demente dos que vivem

no poder, sou esgoto a céu aberto o

rumino do querer, um menestrel sem

aurora sou o lúgubre viver

Sou plano politiqueiro em tempo de

eleições, promessas sem vela acesas,

sou devoto sem razão, sou o pão

amofinado, bicho solto na multidão.

- Inspirado em uma conversa que tive hoje pela manhã quando vinha ao trabalho com um desses garotos de rua. Como de costume gosto muito de passar no centro da cidade de Fortaleza, precisamente na praça do Ferreira, uma das mais bela da cidade, foi ai que esse garoto contou-me essa história; mais diante daquilo tudo o que mais mim chamou á atenção foi a precisão que ele tinha do descaso aqui mais ou menos escrito, se é verdade ou não caros leitores, confesso que meus olhos lagrimejaram diante de tudo aquilo ali dito.

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INTERAÇÕES POÉTICAS

Eu sou a insensatez humana...

A mão,que dilapida a mente insana...

Sou o escárnio da esperança que clama...

Eu sou o nada, sem nada dever...

Sou o excremento sentenciado...

O refugo descartado...

Eu sou apenas um menino...

Que sonha, e pensa ter direito a um destino....

mas , acorda em desatino...

- ALTAIR-

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Eu sou o lixo das ruas

Eu sou o que ninguém viu

Sou o escuro da lua

Sou aquela estrela nua

Sou a flor que não se abriu!

Milla Pereira

MPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPMPM

Do vento sou o fedor,

Da reza o fim da missa,

Da vida o desamor,

Da fome sou a cobiça...

Miguel Jacó

MJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJMJ