O empregado e a questão das metas impostas pelo empregador.

As empresas mundiais estão cada dia a exigir mais resultados dos seus colaboradores. É fato que não devemos ser injustos ao achar que ao fazer a contratação de um obreiro o empregador não esteja interessado em sua mão de obra e ao retorno do investimento a curto, médio e longo prazo.

No entanto, o que temos observado na contemporaneidade é que as empresas estão cobrando resultados que muitas vezes vão além do que poderíamos rotular como tolerável, justo e razoável na relação trabalhista.

Há algumas perguntas interessantes que o pessoal da área de Recrutamento e Seleção aplicam aos testes seletivos, onde, na realidade, ao solicitar que o candidato responda àqueles questionamentos, estão, de pronto, analisando-os e presumindo as atitudes que os candidatos tomariam em algumas situações fáticas do labor.

No que tange às metas estabelecidas por grandes conglomerados, há um excesso de cobranças ao empregado, deixando este em aflição e numa tensão terrível. Há uma meta a ser cumprida. Há um prazo estabelecido. Devem perseguir alvos e objetivos mensais e sempre crescentes, independentemente da conjuntura econômica do país.

Os empregados atuam como lagartixas (apenas balançando as cabeças para cima e para baixo), consentindo e nada contestando, apenas executando.

No entendimento do empregado, e, em virtude da certeza de que se ele disser um sonoro não às imposições infames do empregador - aquele será punido com uma demissão e rapidamente será nomeado um substituto - finda por se submeter a sobrecarga psíquica, que abala seu emocional e torna-o meio que robotizado apenas atendendo aos comandos do patrão.

Neste artigo, a mensagem essencial e reflexiva que faremos questão de deixar registrada é que as metas estabelecidas são até salutares, pertinentes, interessantes e fazem parte do cotidiano de praticamente todas as empresas. No entanto, uma meta excessiva, imperiosa, incontestável e inalcançável, é algo, digamos, desumano, vez que o obreiro até pode 'conquistar' o objetivo imposto, mas a carga energética que desprendeu tem um custo inenarrável e que dinheiro nenhum na face da terra seria suficiente para reparar o dano experimentado.

Em tempos remotos, fizemos um trabalho acerca de detectar quais eram as categorias mais afetadas com cobranças de metas exorbitantes e ficamos perplexos. De início, imaginamos que eram apenas umas 3 ou 4 classes de trabalhadores, mas para nossa surpresa, as classes pouco desconhecidas também eram e continuam sendo atingidas pelo mal do corporativismo que apelidamos de 'insano'.

Existe, na verdade, uma proliferação desta prática e os empregados são quase que coagidos a acatar as metas estabelecidas, sob pena de perder seu cargo, visto que há uma fila de pretendentes dispostos a lhes substituir.

Desta feita, qual será então o diferencial que o empregado utilizará para mostrar ao empregador que não se submeterá a fardos mais pesados que seus ombros possam suportar?

Assim, vejamos:

a) Capacite-se!

b) Seja proativo, visionário, criativo

c) Não seja apenas bom ou bonzinho naquilo que faz: seja excelente! Mesmo com excelência, não se acomode! Lute!

d) Observe se sua ausência, por motivos justificados, acarreta alguns transtornos ao ambiente de trabalho;

e) Seja seguro. Jamais demonstre insegurança de perder a posição alcançada. Ora, se você é competente na empresa atual, porque seria incompetente noutra?

f) Mostrar segurança não é sinônimo de ser prepotente, arrogante ou vaidoso, mas ter convicção que desempenha um EXCELENTE trabalho e que seu empregador teria uma enorme dificuldade de conseguir um substituto à altura.

g) Faça o diferencial. Seja diferente (para melhor) dos demais colegas.

h) Procure superar-se a cada semestre.

i) Crie metas profissionais para você mesmo. Anote os resultados.

j) Seja ético, cordial, pontual.

k) Sorria para as pessoas. Cumprimente a todos, inclusive as de cargos subalternos.

l) Recicle-se sempre! Esteja atento às nuances da sua profissão, as novidades no mercado de trabalho que você atua. Esteja antenado!

m) Ame o que você faz! Este é o maior segredo para ser um excelente profissional. Se você não faz o que ama, sua produção e desempenho já estão comprometidas e fadadas ao fracasso.

Feito isto, finalizamos este artigo fazendo a seguinte afirmação: você criará seu salário!

Sim! Sendo este exímio colaborador, é lógico que seu patrão fará o possível para mantê-lo em seu organograma empresarial, afinal, você é essencial ao crescimento da organização comandada por ele e pechinchar salário com um profissional como você pode sair muito caro.

Sucesso!