Nós, o pistoleiro, não devemos ter piedade

Texto do autor Moacyr Scliar

O conto de Moacyr Scliar conta a história, de um pistoleiro, trata-se de uma narrativa, ambientada no típico cenário de faroeste, no Texas, no ano de 1880, o estilo do escrito pode ser considerado como humanista, ele gostava de trabalhar as emoções humanas.

A narrativa segue a linha do realismo mágico, pois indica situações tipicamente reais e o mágico se faz presente pelo uso do foco narrativo que está em primeira pessoa do plural, estranhamente os focos narrativos são oficialmente subdivididos em dois, na primeira de pessoa do singular quando o narrador assume o papel de protagonista ou coadjuvante e quando ele está em terceira pessoa podendo assumir o papel como onisciente e/ou onipresente.

O enredo inicia-se em um bar no Texas, um pistoleiro bebendo e a chegada de um mexicano, chamado Alonso. O conflito inicial começa com o mexicano provocando o pistoleiro e o clímax se dá quando o pistoleiro e o mexicano duelam e a finalização ocorre com a morte do pistoleiro.

Personagens:

Gringo - o temível pistoleiro:

Gosta de beber e fumar

Solitário

Olhar sinistro

Entristecido

Sujo

Temeroso

Sem motivação

Pensativo

Observador

Soberbo

O mexicano Alonso - O cão mexicano:

Desaforado

Soberbo

Violento

Olhar Sinistro

Sarcástico

Casado com filhos

Triste

Tempo & Espaço

A narração é cronológica, o autor escolheu um período anterior, recheado por contextos históricos, Texas, Bar, 1880, Faroeste, Velhos hotéis baratos, ambiente pacato, chão poeirento, pessoas olhando por detrás da cortina, pobreza, tristeza, medo.

A narrativa ficcional proposta no conto do escritor Moacyr Scliar "Nós, o pistoleiro, não devemos ter piedade segue uma linha humanista característica do escritor que gostava de trabalhar as emoções humanas.

O pistoleiro que é chamado Gringo está em um bar refletindo sobre a sua vida de pistoleiro e seus remorsos, mas é interrompido, com achegada de outro pistoleiro o mexicano Alonso, denominado o cão mexicano pelo autor.

Do ponto de vista racional o nosso foco seria entender o conflito em questão, mas o título e esse narrador, nos deixa intrigados, confesso que li alguns comentários e analises, mas nada certificado pelo autor, por isso preferi colocar minhas impressões sobre o texto.

Primeiro vamos tratar sobre o título, quando o autor fala nós, tratando se do eu, temos a impressão de que tem mais alguém, com este recurso o autor separa o Eu (do ser humano + as mortes que ele carregava) dotado de emoções humanas, movido de arrependimento e compaixão, o Eu pistoleiro impiedoso, formando o personagem principal nós, ora a narrativa está na pessoa do Eu, outro na pessoa do pistoleiro.

O segundo ponto que despertou o meu olhar foi a escolha dos personagens, o Gringo, a escolha do nome já nos dá um insight do personagem um americano bem característicos