Teoria Literária #040: O que é um Ode Qüídem?

O que é um Ode Qüídem?

Teoria Literária #040

Ode Qüidem, do Latim 'quidem' - de fato, p.ext. baseado em fatos reais), ou seja, poesia em resenha, é um estilo poético criado em 18/04/2014 pelo Poeta Bosco Esmeraldo, faz parte dos Alelos Esmeraldinus. É uma poesia que nasce do dia-a-dia, reportando fatos do quotidiano, à guisa de jornal. Por esta razão, torna-se, assim, um instrumento de registro histórico, dado aos elementos utilizados pelo poeta, explorado do quotidiano, fonte básica de inspiração, ao elaborar seus versos.

Estrutura:

1) O Ode Qüídem é composto de seis estrofes no formato a seguir:

a) Dois quartetos em Heptassílabos (tetra, penta, hexa, hepta ou

eneassilábicos [sílabas poéticas]);

b) Dois tercetos em Duoléxis, ou seja, duas palavras por verso,

onde se permite o uso de conectivos (artigo, pronome, adjetivo,

preposição ou conjunção em monossílabos não são contabilizados

na contagem de palavras).

c) Dois quartetos em Univerbum, ou seja, uma palavra por verso,

onde também se permite o uso de conectivos (artigo, pronome,

adjetivo, preposição ou conjunção em monossílabos não são

contabilizados na contagem de palavras).

d) Nos Ode Qüídem Sonéticos:

d.1) Dois quartetos em heptassilábicos e dois tercetos em Duoléxis;

ou

d.2) Dois quartetos em Heptassilábicos e dois tercetos em

Univerbum.

ou

d.3) Um quarteto em heptassilábicos, outro quarteto em

pentassilábicos, um terceto em Duoléxis (versos com duas

palavras) e outro terceto em Univerbum (versos monoléxis

ou seja, com apenas uma palavra).

2) É permitido, no caso se um relato cheio de detalhes, estender o

Ode Qüídem para mais estrofes num total de seis ou nove estrofes

sendo para isso bisar ou triplicar a estrutura acima descrita.

3) Estrutura rímica:

[ABBA - BCBC] – [DCD – EDE] – [FEEF – FAFA];

[ABBA - BCBC] – [DCD – EDE] – [FEEF – GFGF];

[ABBA - BABA] – [DCD – CDC] – [FEEF – EFEF].

a) Nos Ode Qüídem Sonéticos (14 versos)

a.1) [ABBA - BABA] – [DCD – CDC].

a.2) [ABBA - BABA] – [DCE – ECD].

4) Explorar com criatividade os acontecimentos do dia-a-dia.

5) O Ode Qüídem também pode ser escrito na ordem reversa,

2 quartetos em Univerbum, 2 tercetos em Duoléxis e 2

quartetos em versos de 4, 5, 6, 7, o ou 9 sílabas

poética, utilizando o mesmo padrão de rima.

6) Se preferir, o Poeta pode se utilizar de versos simétricos

com métrica em tetra, penta, hexa, enea e dexassilábicos,

conservando a métrica do primeiro verso, do começo ao

fim. Neste caso, informar: (Versos Simétricos).

Conselhos úteis:

1) Não se deixe enganar pelas aparências. A princípio pode parecer

difícil, mas o Ode Qüídem é um estilo leve e de fácil utilização.

Tente pelo menos um e comprovará isto na prática.

1) Procure fatos relevantes do quotidiano, dignos de nota e registro;

2) Dê um toque poético explorando seu lirismo e estilo próprio de

versejar;

3) Combine duas ou três estruturas poéticas, alternando métricas,

rimadas etc.

4) Explore bem as figuras de linguagem, evitando as silabadas,

cacófatos, vícios de linguagem etc.

5) Treine trocadilhos, mas não abuse dos mesmos, a menos que o

tempo explorado seja o próprio trocadilho. Utilize-se desse trem

sem perder os trilhos;

6) Prime pela composição, partindo do cabeçalho, desenvolvendo bem

o corpo do texto, primando sempre com uma boa finalização.

7) Aninhar seu Ode Qüídem provisoriamente na pasta

Experimental>Alelos Esmeraldinus> GERAL.

Embora possua uma estrutura própria, bem característica, o modus operandi deste pode (e como pode!), ser empregado em qualquer outro estilo literário. Quando assim proceder, o poeta deve informar, por exemplo, “Soneto Ode Qüidem”, ou seja, Soneto composto empregando o estilo “Ode Qüidem”. Em geral, a grande maioria dos Alelos Esmeraldinus se utilizam desta técnica.

Exemplo:

EM CRISTO EMANO JUSTO DIÁFANO

Ode Qüidem #001:

(Quemadmodum speravimus

in Christo procedunt diaphanum)

[ABBA-BCBC]–[DCD–EDE]–[FEEF–FAFA]

Eis que há mais de dois mil anos

o mundo foi impactado.

À morte foi sentenciado

Cumpridos divinos planos.

Entre ladrões condenado

foi, por meu pecado e o seu,

sem dever, crucificado,

em meu lugar padeceu.

Sangue vertendo...

Como sofreu!

Perdão concedeu.

Grande clamor,

de D'us provendo

Imenso amor

Fervoroso,

nisto,

insisto

Seu favor.

Por isto,

emano,

em Cristo,

justo diáfano.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 18/04/2014
Reeditado em 13/05/2015
Código do texto: T4774126
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