Teoria Literária #013: DECATOS TETRAECTOS ESMERALDINUS
Decatos Tetraectos no ritmo cordelístico, ordenados em grupos de quartetos e sextetos intercalados, são integrantes dos VERSOS ESMERALDINUS, criação do poeta JOÃO BOSCO ROLIM ESMERALDO.
Suas características básicas, além do que já foi dito, é sua rimada ABBA CDDCCD, sendo que o sexteto deve sempre ser o contraponto do quarteto, complementando este, numa verdade sincrônica ou conteste.
A métrica é pré-definida logo em seu primeiro verso e deve ser mantida até o final.
Como todos os VERSOS ESMERALDINUS, sugere-se o zelo pela métrica, prosódia, eufonia, e um texto livre de cacófato e ambiguidade, com uma ideia desenvolvida a partir do primeiro verso estendendo-se até o último, este conclusivo como fecho de ouro.
Obs.: Por seu ritmo cordelístico, neste Recanto tenho-o abrigado na pasta de cordéis.
Decatos Tetra Ectos: INTEGRIDADE IMENSURÁVEL
Rimada ABBA CDDCCD
No ritmo cordelístico (quartetos e sextetos intercalados).
Creio que é uma grande virtude
O ser honesto, ser ético,
E soa assim, tão poético,
É ter a certa atitude.
Mas temos que ser coerentes
Não somente de fachada
Não de cara mal lavada,
Precisamos ser decentes,
Sermos puros, conscientes,
Sem ação dissimulada.
Devemos ser verdadeiros
Sendo o nosso exterior
Reflexos do interior
Da verdade despenseiros.
Mais importante que ter
Boa fama, carro ou casa,
Não listado na SERASA,
Muito menos no SPC
É o simplesmente ser
Um que do mal se descasa.
Eu não devo exibir
Somente esses dons mensuráveis
Mas também os mensuráveis,
Não podemos coibir.
Nesses dons aprofundar
Devemos, sim, e com louvor
Pois não é nenhum favor
Deles em nós inundar,
Ter fartura, abundar,
Seja esse nosso lavor.
Pois a Natureza ensina
Que do azedo se faz doce
E do amargo, acridoce.
Esta é também nossa sina.
Como se come, assim temos
Que digerir nossos atos
E, sem fugirmos dos fatos,
Sem hipocrisia havemos
Ler tudo o que escrevemos,
Pra não sermos díspar atos.
Seja então nosso lema:
Amar, cuidar, perdoar,
Ao próximo agir, se doar,
Sem dilação, sem dilema.
Pois não é muito pedir
Que se viva em verdade,
Sem a menor falsidade,
O que não se pode medir
Amar, se dar, desmedir,
Com toda a sinceridade.
Amemos sem distinção,
Assim como Cristo amou
E a Si mesmo se entregou,
Seja a nossa devoção.
Sem nada esperar de volta,
Com altruísmo, com amor,
Sirvamos com todo o ardor,
Sem cobrança, nem revolta,
Nem armando viravolta,
De Deus, a essência é o Amor.