TEORIA LITERÁRIA #006: Como Compor Um PARALETRIX ESMERALDINUS
PARALETRIX é uma composição poética, por mim criada que consiste basicamente de de dois tercetos em undecassílabos.
Encerra-se neles uma verdade disposta em duas versões paralelas entre si, de diferentes conteúdos, porém exprimindo a mesma ideia disposta em dois tercetos harmônicos, ou seja, o segundo confirma o sentido do primeiro.
Suas características:
1. Dois tercetos, paralelos e harmônicos entre si;
2. O segundo confirma a ideia do primeiro;
3. São undecassílabos;
4. Acentuação tônica preferencialmente na 6ª e 11ª sílabas de cada verso, ou seguir a definição da acentuação do primeiro verso do primeiro terceto, sendo a 11ª obrigatória.
5. As rimas estão dispostas nas sílabas tônicas de cada verso e
recaem sobre essas tônicas do seguinte modo:
a) Primeiro terceto:
1. A1 – A2 (tônicas do verso 1);
2. B1 – A1 (tônicas do verso 2);
3. A2 – B1 (tônicas do verso 3).
b) Segundo terceto:
1. C1 – C2 (tônicas do verso 1);
2. D1 – C1 (tônicas do verso 2);
3. C2 – D1 (tônicas do verso 3).
d. Suas rimas cruzadas e ocorrem internamente e, como se vê,
nunca no final dos versos. Siga corretamente o cruzamento rímico.
A ideia de paralelismo é muito antiga e é bastante utilizada nas Escrituras Sagradas, a Bíblia. Um exemplo disto são os livros de Salmos, Eclesiastes e Cantares, mas principalmente o Livro de Provérbios.
Exemplo de PARALETRIX:
PARALETRIX #001 – UMA QUESTÃO DE DOSAGEM
O veneno que mata é o mesmo que cura;
Difere na dosagem, se certa ou inexata
Sendo a sorte por pura e simples contagem
Mesma água que dá a vida traz destruição.
Maltratando o ambiente, faz do homem suicida.
Seus frutos, bons não são, quem paga é o inocente.