Contagem das sílabas poéticas
A contagem das sílabas gramaticais e das sílabas poéticas não é igual. As sílabas gramaticais, próprias da prosa, não são as mesmas que as sílabas poéticas, usadas nos poemas e, por vezes, não coincidem.
Por exemplo:
Sílabas gramaticais: Tí /mi /da /es/ pe/ ra/ a /bai /la /ri /na /
Nº de sílabas: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Sílabas poéticas: Tí /mi /da es /pe /ra a /bai/ la /ri / na
Nº de sílabas 1 2 3 4 5 6 7 8
Como podemos observar, o número de sílabas poéticas e gramaticais não coincidiu.
Chamamos a contagem das sílabas poéticas escansão dos versos. Escandir os versos é indicar suas sílabas poéticas e seus acentos.
As regras básicas para a contagem de sílabas poéticas são:
a) Só contamos até a última sílaba tônica de um verso.
Exemplos: Na/ rea/li/da/de/, tris/te/ si/na,
No/ pal/co/ vão/ re/pre/sen/tar/
No primeiro verso, não conta a sílaba na, porque a última palavra do verso é paroxítona.
No segundo verso, contamos todas as sílabas, porque a última palavra do verso é oxítona.
b) Elisão: quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples letra) unem-se as duas sílabas numa só.
Exemplo: Da/ vi/da es/sa/ mes/ma/ ro/ti/na
c) Crase: fusão de sois sons vocálicos iguais.
Exemplo: Tí/mi/da es/pe/ra a/ bai/la/ri/na
d) Sinérese: união do hiato em uma só sílaba.
Exemplo: Lan/ça a/ poe/si/a
e) Diérese: divisão do ditongo em duas sílabas.
Exemplo: Deus/ fa/la/, quan/do a/ tur/ba es/tá/ qui/e/ta
f) Hiato: é o contrário da elisão. Separamos dois sons interverbais (a sinérese e a diérese são intraverbais; a elisão e o hiato são interverbais). Conferir elisão e hiato no exemplo a seguir:
E/ va/ ga
Ao/ luar/
Se a/pa/ga
No / ar/.
g) Aférese: supressão de vogal no início da palavra:
Stamos em pleno mar!
Foi tirado o e.
h) Apócope: supressão da vogal no fim da palavra.
Val(e)
i) Síncope: supressão da vogal no meio da palavra.
P´ra, c´roa
Caíram o a e o o.
Referências
ALMEIDA, Silas Leite de. Curso prático de português. Belo Horizonte: Vigília, 1971.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Nacional, 2005.
http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/goldstein/index13.html Acesso em: 1 out. 2006.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rima Acesso em: 1 out 2006.
http://www.casadacultura.org/d/boletim/2005/BIS2005_jun29_conveniado.htm Acesso em: 1 out 2006
http://www.recantodasletras.com.br/autores/mardile
A contagem das sílabas gramaticais e das sílabas poéticas não é igual. As sílabas gramaticais, próprias da prosa, não são as mesmas que as sílabas poéticas, usadas nos poemas e, por vezes, não coincidem.
Por exemplo:
Sílabas gramaticais: Tí /mi /da /es/ pe/ ra/ a /bai /la /ri /na /
Nº de sílabas: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Sílabas poéticas: Tí /mi /da es /pe /ra a /bai/ la /ri / na
Nº de sílabas 1 2 3 4 5 6 7 8
Como podemos observar, o número de sílabas poéticas e gramaticais não coincidiu.
Chamamos a contagem das sílabas poéticas escansão dos versos. Escandir os versos é indicar suas sílabas poéticas e seus acentos.
As regras básicas para a contagem de sílabas poéticas são:
a) Só contamos até a última sílaba tônica de um verso.
Exemplos: Na/ rea/li/da/de/, tris/te/ si/na,
No/ pal/co/ vão/ re/pre/sen/tar/
No primeiro verso, não conta a sílaba na, porque a última palavra do verso é paroxítona.
No segundo verso, contamos todas as sílabas, porque a última palavra do verso é oxítona.
b) Elisão: quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples letra) unem-se as duas sílabas numa só.
Exemplo: Da/ vi/da es/sa/ mes/ma/ ro/ti/na
c) Crase: fusão de sois sons vocálicos iguais.
Exemplo: Tí/mi/da es/pe/ra a/ bai/la/ri/na
d) Sinérese: união do hiato em uma só sílaba.
Exemplo: Lan/ça a/ poe/si/a
e) Diérese: divisão do ditongo em duas sílabas.
Exemplo: Deus/ fa/la/, quan/do a/ tur/ba es/tá/ qui/e/ta
f) Hiato: é o contrário da elisão. Separamos dois sons interverbais (a sinérese e a diérese são intraverbais; a elisão e o hiato são interverbais). Conferir elisão e hiato no exemplo a seguir:
E/ va/ ga
Ao/ luar/
Se a/pa/ga
No / ar/.
g) Aférese: supressão de vogal no início da palavra:
Stamos em pleno mar!
Foi tirado o e.
h) Apócope: supressão da vogal no fim da palavra.
Val(e)
i) Síncope: supressão da vogal no meio da palavra.
P´ra, c´roa
Caíram o a e o o.
Referências
ALMEIDA, Silas Leite de. Curso prático de português. Belo Horizonte: Vigília, 1971.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 46. ed. São Paulo: Nacional, 2005.
http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/goldstein/index13.html Acesso em: 1 out. 2006.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rima Acesso em: 1 out 2006.
http://www.casadacultura.org/d/boletim/2005/BIS2005_jun29_conveniado.htm Acesso em: 1 out 2006
http://www.recantodasletras.com.br/autores/mardile