A Toca do (meu) Poeta*
A TOCA DO (meu) POETA é um jornal literário fundado pelo poeta guarabirense Geraldo Alverga**, no ano de 1982, com publicação mensal, bimestral e semestral. É um espaço para publicação de trabalhos poéticos de Guarabira-PB. Atualmente é coordenado pela escritora e poetisa Marisa Alverga. Nos seus 24 anos de publicação, já são 200 edições.
Os números iniciais eram datilografados e mimeografados; depois passaram a ser digitados, mantendo um padrão de capa: a foto do seu fundador, poeta Geraldo Alverga. Teve sempre formato paisagem, com número de 10 páginas (em média) ou definidas em cada edição, tiragem de 1000 exemplares e circulação gratuita.
Na primeira edição (1982, p. 1), o editor Geraldo Alverga afirmava no texto editorial que “Guarabira precisava de alguém que derramasse poesias nos seus campos. Guarabira precisava de um maior intercâmbio nacional e eis que surge a TOCA”.
Segundo Marisa Alverga, este jornal dá prioridade às produções de escritores e poéticas de Guarabira, abrindo espaço em seguida para outros de demais estados do Brasil e do exterior.
Poetas premiados no cenário cultural local, a exemplo de André Filho, Baltazar Filho, Elias dos Santos, naturais de Guarabira, tiveram seus primeiros trabalhos poéticos publicados neste jornal.
Este jornal tem sido divulgado em vários estados brasileiros, através de escritores e poetas, como Batista de Lima (CE), Paulo Santos (PE), Moarci Matheus (RS), Luiz Carlos Leme (PR), Jania Cordeiro (RJ), Helio Costa (PI), Cristino Rodrigues (MG), Mário Linário (DF), Jaumir Andrade (RN), Ari Lins (AL), Eugênio Santana (GO), Jorge Vancho (MS) e Alcides Buss (AM); de alguns países, a exemplo dos Estados Unidos (Teresinka Pereira e Dennis Kann), China (Zang Zhizhong), Grécia (Denis Koulentianos), Espanha (Agustín Garcia Alonso), Venezuela (Jean Aristeguieta), Argentina (Rafael M. Altamirano).
A TOCA DO (meu) POETA é o jornal alternativo editado por mais tempo em Guarabira. Supera até mesmo alguns da imprensa oficial. Nunca um jornal alternativo sobreviveu por tantas décadas em Guarabira. Obteve comentários positivos sobre o trabalho que vem realizando em prol da cultura brasileira. Um exemplo disso é o diploma que lhe foi conferido, no ano de 2003, pela Casa do Poeta Brasileiro (Goiás-GO), conforme comenta a editora Marisa Alverga (“Diploma” in: A Toca do (meu) Poeta, n. 171/172, 2003, p. 7):
A Casa do Poeta Brasileiro - de Goiânia (GO) confere o Diploma (LÁUREA LITERÁRIA NACIONAL MARIA ABDALA NASCIMENTO), à A TOCA DO (MEU) POETA, por sua constante atuação na área literária brasileira, pela brilhante expressão junto ao sistema cultural alternativo nacional e relevantes serviços culturais prestados ao seu Estado e ao País. [sic.]
O título A Toca do (meu) Poeta dá destaque a três significações: “toca” – um espaço para a publicação de trabalhos inéditos e independentes, até mesmo de poetas anônimos; “meu” – palavra acrescentada por Marisa Alverga, sua mãe, ao título inicial (“A toca do Poeta”), destaca, por um lado, o filho poeta, e por outro, ao poeta do lugar; e por último, a palavra “poeta” como figura principal na estruturação do periódico. Este jornal continua sendo editado. Os contatos são mantidos através da Caixa Postal 14, CEP: 58.200-000, Guarabira-PB, ou através do e-mail: dalverga@uol.com.br.
* Texto extraído da monografia "A Imprensa Alternativa (1982-2004)no contexto sócio, educativo, religioso e cultural de Guarabira", de André Filho (Curso Letras, UEPB, 2005)
** Geraldo Alverga Cabral nasceu em Guarabira-PB (25.03.66). Aos 15 anos de idade, iniciou contatos com escritores, publicações alternativas e movimentos independentes de poesia. Publicou o livro de poesia Algemas (1982). Quando da publicação do primeiro número do jornal, cujo título era A Toca do Poeta, foi vitimado pela meningite, falecendo em São Paulo e sepultado em Guarabira no ano de 1982. No ano seguinte, 1983, foram publicados os livros de poemas Tortura e Olhos Vendados, obras póstumas do referido autor. Após a morte de Geraldo, sua mãe assume a coordenação do jornal acrescentando ao título o denominativo MEU – passando a ser A Toca do (meu) Poeta.