Fantoches

O corpo , as faces, coloridas fantasias ,

Abraça as cordas altas, flutua , voa ,

Sem perceber o despertar das magias,

As melodias, passos que dança, entoa.

Há tristezas , alegrias a sorrir da vida ,

Em cada salto, em cada sentimento ,

O fantoche não se vê, não pesa a perfídia ,

Vive sem cara o instante , o momento .

Nada , nada importa , nem o prazer ,

Nos fios dos sorrisos apagados da alma.

É apenas o homem suspenso no lazer.

Perde em si a lasca , a casca, o sumo ,

Sepultado na sua própria selva, grita por

Perdidos dias que foi inteiro, não uma dor.

27/03/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 28/03/2008
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