Bocas...
Bocas que se falam em silencio no momento exato do beijo
Que mumurram frases de amor e promessas sem sentido
Que se ardem em desejos quando os amantes se entregam
Que desejam serem tocadas no final de cada ato...
Bocas que expulsam, que gritam, que chamam, que choram
E trazem na ponta da língua afiada palavras afins
Bocas tornam-se armas, ruínas, espadas, plumas
Há bocas malditas amadas abandonadas sofridas apaixonadas
Bocas discretas, distintas, solenes apenas bocas
Completando o olhar há boas e belas bocas
Que arrepiam ao tocar os pescoços adocicados dos amados
Deleite-se com a boca a ti preparada santificada do amor
O mel em doses cobiçadas por tua boca saborosa
E dádiva de minha que espera ser tocada...