PULMÃO FURADO

Os grileiros desmatam a Amazônia
Num ritmo egoísta e bem veloz
Perpetrando um crime muito atroz
Ligam serras até à noite, na insônia

As árvores ainda choram a seiva bruta
Enquanto caem quão prédios implodidos
Não há lei nos poderes constituídos
É Incoerência total e absoluta

Enquanto devastam a fauna e a flora
A mata, mesmo muda, geme e chora
O mundo verde vira campo pelado

Será que ninguém toma providência?
Com lei, ordem, rigor e veemência?
O pulmão do mundo está furado!