Manhã de inverno

Cigarra, canta no auge do verão,

Em festa constante, sem cessar,

Pois logo o tempo trará a mudança,

E o canto alegre se tornará pranto a ecoar.

Diante do inverno, surge o espanto,

Teu corpo, antes pleno, agora oco,

Um resquício do que um dia floresceu,

Mas o amanhã, hoje, é sem importância.

Pois o futuro, na ignorância, é alegre,

Diante da verdade a vida perde a cor,

Para os parvos, vida é esplendor.

Canta, cigarra, nas tardes de calor,

Onde outrora a vida brota e prospera,

No inverno, apenas ecoa o silêncio.

Gustavo Malta
Enviado por Gustavo Malta em 25/04/2024
Código do texto: T8049202
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