A VOZ DA SOLIDÃO

No vão da noite sombria, deserta

Tão silenciosa, envolta em arrelia

O repouso torna a cena irrequieta

Em um tenso sussurro de agonia

A enodoada alta noite terrificante

Povoada de uma vontade, irradia

Aperto, onde não há o que cante

Nem o poema sem a melancolia

Na treva da escuridão a coruja pia

Rompendo o vazio no tom dolente

Tal um cântico de acerba sensação

O pensamento da gente silencia

O coração arrepia tão vorazmente

E, merencória fala a voz da solidão.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

20 abril, 2024, 13’58” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/1P34Fo_Dxco

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/04/2024
Reeditado em 20/04/2024
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