CATIVO

Ao que a poesia verseja, e teia

Sussurrante, trivial, num clamar

Num amargor do que a perreia

Imersa em um profundo pesar

Com inquietude que devaneia

Um falho sentir, o pouco estar

No qual a insatisfação a enleia

No âmago de um triste poetar

Enturvo nesta aflição tão aflita

De sofredor que na dor orbita

Se limito, então, dizer não sei...

Sei que é danoso, penetrante

Sentimento avarento, pedante

E cativo desta sorte me tornei.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

11 abril, 2024, 19’18” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/HdVphoi1_6Q

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/04/2024
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