Tuas cartas, perfumadas e leves

Causam-me um grande encanto

Para chegar, custam tanto

Chegando elas, bebo o que escreves

 

Deixar-me assim ansioso, não deves

E lá se vai o meu espanto

Escrevo-te longas, entretanto

Apesar das tuas, breves

 

Acho que te escrevo todos os dias

Mas ainda não disse o que mais queria

Falo de amor e coisas belas

 

Assim mesmo, eu te dou o perdão

Para que ter tanta razão

Se amo esperar por elas?

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 16/03/2024
Reeditado em 16/03/2024
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