QUANDO O SONETO CHORA

Nas estrofes do soneto, a tristura

Suspira, choraminga na dura dor

Unhando no verso afiada ranhura

Dês que dá à sensação, dissabor

Quando o verso lacrimeja, e figura

O desagrado, o pranto é um temor

Sente o desencanto, beira loucura

Duma poética desiludida no amor

Há pesares extensos no caminho

Saudade, embatucando o sentido

Martelando o que não tem alinho

Chora o soneto o instante partido

Da vida, versando cada cadinho

Protelando o versejar tão doído!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

10 março, 2024, 14’20” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/gtS5J-e5CwU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/03/2024
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