Soneto XII

Quando penso nos dias vividos

nas noites passadas acordadas

nos nossos desejos renascidos

no querer d'alma velada.

Quando olho seus cabelos dourados

a ternura de seus lábios amedrontados

a sua pele marcada aos toques inflamados

a lua refletida nos amores já aclamados.

Relembro o doce amargor de te amar

Embalsamado pela chama escura

não pense sequer em um dia dizimar

Ao seu lado, meu amor, não há loucura

Existe o fogo a espera do queimar

E a essência do estar finalmente se curar.

Barreto Santos
Enviado por Barreto Santos em 07/02/2024
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