Destino

 

Enquanto carantonhas da agonia

No fundo o fogaréu mantem o lume

As latadas de flores lá no cume

Nos rumores da forte ventania.

 

Arregaça a cortina azul do dia

Alegria na revoada de perfume

Amestrada na lenda do volume:

Mistura da faceta que irradia

 

... e quanto amor naquele coração!

Medram todos os passos da ilusão

No panorama do branco do lírio

 

... e agora preces imitam o canto

Vacina que anula o nó do pranto

Colorindo o painel: - doce delírio!

 

Machado de Carlos

 

Ribeirão Preto, 31 de janeiro de 2024

00h08