Viagem no Tempo

 

 

O relógio da esfera vence o laço.

Vem, socorre e acorda a solidão

O zunido comove no compasso

Na pena, lentamente, no aguilhão

 

Revive a languida do rubro aço

Contempla a alva nuvem da canção ⁸

A Terra com a tremura do cansaço

Balança a luz e a sombra da prisão

 

Contudo, na onda imensa da maré

Nas cores da aquarela com seu viés

dos versos caudalosos do cipreste

 

seguem mil pensamentos deste exílio

Calam ideias e vozes dum idilio

... e correm as flores do azul celeste!

 

Machado de Carlos

 

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Ribeirão Preto, 29 de janeiro de 2024

22h01