MENINO DE ENGENHO (série: um soneto para um livro)

Carlos, coitado, filho de assassino,

Teve que morar com o avô e as tias

Em um engenho e, por longos dias,

Perdeu sua ingenuidade de menino.

Com as escravas fez o que não devia,

E enquanto ia descobrindo a natureza,

Deflorou os caprinos da redondeza,

Tendo amadurecido em anarquias.

Viu seu avô fazer um justiçamento

Com um negro que não era culpado

Na enchente, viu gente no alagamento.

Não se pode dizer que fora bem criado

Ou que a criança virou homem no engenho,

Mas nele, um novo Carlos foi gerado.

Check List:

Estrutura:

Título:

Autor:

País:

Editora:

Tradutor:

Edição:

Ano de publicação:

Prefácio:

Notas adicionais:

Prêmios:

Número de páginas:

Posfácio:

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 29/01/2024
Reeditado em 21/02/2024
Código do texto: T7987720
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.