Alvorecer

O crepúsculo invade a fina pele da tarde,

Buscando penetrar a noite mais escura;

O entardecer avança sem fazer alarde,

Bem devagarinho como quem procura,

Um segredo oculto que o tempo guarde.

Enfim desnuda, súbito, sem sentir paúra,

Ou, outro sentimento, que o seu retarde;

O descortinar de uma manhã futura.

Então a noite sorrateiramente avança...

Vai singrando o tempo pela madrugada;

Peremptoriamente deixará de herança,

O nascer de um dia, na hora esperada.

Então nascerá tal qual uma criança,

Sob o sol nascente da bela alvorada.

Gravatá, 27/01/2024

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 27/01/2024
Código do texto: T7986234
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