Berço sombrio

Escorre solta,sobre a faixa,a pedra bruta

No recôndito espaço,a voz do templário

A esbaldar-se fulgor, mármoreo berçário

Mitiga o estro da fonte,a pleura da gruta

E a vibração sedenta,arrebata o Calvário

Como a flor de naiada,o primores debuta

O suave suspense que a brisa desfruta

E aflora o rito,o oásis,sublime cenário...

Pulsa o germa da fonte,a fadiga das veias

Noite clara desdobra,gemes a moenda

Clama a amarga falência das vidas alheias.

Labora o velho engenho,o trabalho arredio

Cruza-se a cercanias oposta da vivenda...

Agrega a terra o esplêndido berço sombrio!

Crisofitas . poesias

Julio Moreira

Julio Moreira da Silva
Enviado por Julio Moreira da Silva em 21/01/2024
Código do texto: T7981256
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