Sonhei
Vagava numa estrada preta e branca,
Co'a lua na direita e o sol na esquerda,
Cantando a sorte azeda e o doce azar,
Colhendo rosas-cinzas dos canteiros.
Chovia intensamente para cima.
Um vento triste ria berros mudos,
Nas folhas coloridas, invisíveis,
Das árvores gigantes, mas anãs.
Na luz sombria, d'áspero veludo,
Andava para frente e para trás,
Parado, mas correndo lentamente.
No início da metade do final,
Quebrava, derretia e evaporava.
Amando o pesadelo... despertei.