Ode à Arte

Ó Arte, dama bruta e delicada,

Espelho da beleza permanente,

Floresça seu perfume comovente,

Nas cores da harmonia desejada.

Desfile nos castelos feito fada,

Mas ande pelas casas feito gente.

Inspire tanto o são quanto o doente,

Habite no lamento e na risada.

Ó Arte, minha pobre e cara amiga,

Irmã da Sanidade e da Loucura,

Pareça com a Lua (nova e antiga).

Às vezes sê profana; às vezes, pura.

Contudo, o que mais peço é que prossiga

Doando encanto em forma de cultura.