Ruas Cinzentas

Pelos labirintos das ruas cinzentas,

O poeta vaga, solitário e frio,

Explorando a melancolia que espreita

Entre o gelo e o vento, seu desafio.

Em Montreal, onde o cinza é o estandarte,

Ele encontra ecos de suas dores,

No murmúrio das esquinas que descarte

A solidão em versos sem amores.

Os encontros fugazes, quase ausentes,

São retratos vivos de uma saudade,

Que o poeta carrega tão carente.

Entre os desencontros, na cidade,

Escreve suas dores, quase indolentes,

Nos versos que flutuam na aridez da idade.

Pasia Aventuristo
Enviado por Pasia Aventuristo em 30/11/2023
Código do texto: T7944259
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