Soneto de Solidão

Medo do vento e do escuro;

Angústia na alma sentida,

Lamento já sem guarida,

Indecisão além do muro.

Tristeza intensa e desmedida;

Voz de silêncio sem escudo,

Feito carneiro mais que mudo,

Que só espera a despedida.

Na solidão dessa partida;

O coração que não é bruto

Se esvaiu sem ter saída.

Tão quebrantado pela vida;

Já se rendeu / ficou maduro,

Deixando a alma então cativa.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 04/11/2023
Reeditado em 08/11/2023
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