ODE À CHUVA

Quando a chuva se ausenta do sertão,

Morre o gado de fome sem comida.

Falta sombra com água na bebida.

A barragem secou o seu porão.

Migram aves buscando solução,

Que o braseiro do sol assola a vida.

A lavoura pouquinha e ressequida

Serve apenas de adubo para o chão.

Mas bombando o trovão na madrugada

É o prenúncio da chuva programada

Que escutei o carão anunciando.

Chuva traz abundância em quantidade,

Vai embora a tristeza e que saudade

Da ramagem no chão se esparramando.

Academia Brasileira de Sonetista

Troya D'Souza, Cadeira 30 Patrono, Plácido Amaral.

Troya DSouza
Enviado por Troya DSouza em 04/10/2023
Reeditado em 18/10/2023
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