Prisioneiro da saudade

Fui detido na prisão da saudade,

O meu delito foi te amar demais,

O veredicto foi a tua crueldade,

A pena foi de não te ver jamais.

Agora estou preso na saudade,

Cumprindo as penas como tais,

Rogo teu perdão, por caridade,

Deixa que te veja uma vez mais.

Solicito o habeas corpus do amor,

Meu advogado é tua compaixão,

Dá-me a ventura de sanar a dor,

Dá-me o prazer de ter uma paixão,

Se não queres finar este clamor:

Dá-me então, o fúnebre caixão.

Manaus, data desconhecida

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 19/09/2023
Reeditado em 04/01/2024
Código do texto: T7889671
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