ALHEIO

Quando eu apaixonava, ó dissona poesia

Tu que a perturbação a atirava ao vento

Que ainda agora me vem ao pensamento

Em ousadia, trazendo, suspiro e fantasia

Frenético e excedente se faz o momento

Numa sensação de desconforto e agonia

Ah! Emoção! Minha conviva, agora tão fria

A tua prosa poética toda sem sentimento

Parceira devota das calmas noites infindas

Confidente fiel da solidão e do meu anseio

Ó poesia! emudeceste as divagações lindas

E, com o tal silêncio, numa carência vagueio

Enleio, coração na berlinda, sem boas-vindas

Sem os abraços, os beijos, os olhares, alheio!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

16/08/2023, 21’29” – Araguari, MG

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/08/2023
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