Não sentem na pele

Pelas estradas caminhava

Entre lavandas, flores do campo e alecrim

Chovia, chovia...

Amo a chuva, amo entardecer sentindo frio

pois sinto frio e esqueço por algum momento

minhas dores;

As noites embalam-me em um aconchego

que tanto necessito

Mas, no outro dia, as dores retornam

Percebo que ainda nada mudou

Quisera eu ser outra pessoa

ou mudar-me para outro tempo.

E de tantos erros, equívocos

De tantos enganos...

Há muitos momentos que sinto-me

exausta de mim...

Não, não é fácil

Há algo muito conturbado aqui dentro

Mas, ninguém vê, pois não sentem na pele

Não sentem na pele!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 23/07/2023
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