Linhas em branco

Moça, onde está tua esperança,

Nas linhas do teu caderno onde escreves

Imaginárias poesias da pobre vida

Dos pés no chão de pedras e na boca sem o pão?

Na memória onde se cria todo o novo

Do silencio até a origem do dia

Não há Vergonha nem medo à sua volta

Senão flores púrpuras derramadas

Sem reação e de rumo em rumo com voz silenciada

Vacilou pelas ruas e na escuridão se escondia

De coração quebrado, no abandono da fantasia caiu

E ali na escuridão com olhos derrotados

Em nada parecia ser algo melhor

Vamos, levanta teu silencio e sobe tua poesia.