Soneto da saudade
Perco-me no labirinto das sombras
Sem saída chamo por ti caboclo
A dor da saudade rasga minha pobre alma
Caminho pelas sombras e sigo no submundo
Nas noites de lua cheia por onde andas
De azul celeste veste-se em busca do tesouro
No rio de águas turvas mergulhas fundo
Na margem do rio, teu tesouro te espera.
Caboclo, sob teus negros cachos faço morada.
Ardente perfume exala tua pele
Se não te tenho, morro de saudade.
Saudade do teu beijo de cravo e canela
Saudade dos teus olhos de topázio
Saudade da tua voz rápida como flecha